Defesa Civil de Gaza anuncia 48 mortos em operações militares israelenses

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou, nesta segunda-feira (30), que 48 pessoas morreram em bombardeios ou por disparos do Exército israelense no estreito território palestino, devastado após mais de 20 meses de guerra.

Segundo as equipes de resgate, um bombardeio israelense matou 21 pessoas e feriu outras dezenas em uma área de descanso, chamada Al-Baqa, em uma praia da Cidade de Gaza.

“Sempre há muita gente neste lugar, que oferece bebidas, áreas para famílias e acesso à internet”, disse Ahmed al-Nayrab, de 26 anos, à AFP. Ele estava por perto quando ouviu uma “enorme explosão”.

“Vi pedaços de corpos voando por toda parte, corpos despedaçados e queimados. Foi uma cena arrepiante. Todos gritavam. Os feridos gritavam por socorro, as famílias choravam por seus mortos”, disse ele.

A Defesa Civil havia anunciado anteriormente que 27 pessoas morreram em vários ataques israelenses.

Entre elas, onze “morreram perto de pontos de distribuição de ajuda no centro e sul do território”, disse Mahmud Basal, porta-voz das equipes de resgate, à AFP.

Dadas as restrições impostas à imprensa em Gaza e o difícil acesso ao território, a AFP não conseguiu verificar de forma independente as informações da Defesa Civil.

Questionado sobre os incidentes relatados por Basal, o Exército israelense se recusou a fazer comentários.

A guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.219 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem baseada em dados oficiais israelenses.

Os militantes também sequestraram 251 pessoas, das quais 49 permanecem em Gaza, incluindo 27 reféns que, segundo o Exército israelense, morreram em cativeiro.

A ofensiva de retaliação de Israel contra o movimento islamista matou 56.531 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, estatísticas que a ONU considera confiáveis.

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