A Defesa Civil local informou, neste sábado (16), a morte de 36 palestinos, incluindo crianças, na ofensiva israelense na Faixa de Gaza, devastada por mais de 22 meses de guerra.
O Exército israelense contestou esses números, afirmando à AFP que “as instituições em Gaza são controladas pelo Hamas” e que são “conhecidas por registrar mortes sem relação com o conflito”.
Segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal, 36 palestinos, incluindo várias crianças, foram mortos por tiros e ataques militares israelenses em toda a Faixa de Gaza.
Entre eles, 21 morreram perto de dois centros de distribuição de ajuda humanitária e outros seis, incluindo três crianças, morreram em ataques a um acampamento de refugiados e à área de al-Mawassi.
Basal expressou preocupação com a “situação catastrófica” na Cidade de Gaza. “Os moradores não têm onde se abrigar”, denunciou.
Ghassan Kashko, de 40 anos e residente da Cidade de Gaza, vive com sua família em uma escola onde outras pessoas deslocadas se refugiaram.
“Esquecemos o que é dormir. Os ataques aéreos e os disparos de tanques não param. Não temos nem comida nem água potável”, disse por telefone à AFP.
Basal também observou que um bairro na Cidade de Gaza foi bombardeado por quase uma semana.
“Estimamos que mais de 50.000 pessoas permaneçam no bairro de Zeitun, a maioria delas sem comida ou água”, disse ele, acusando Israel de “limpeza étnica” naquele bairro e no bairro vizinho de Tal al-Hawa.
“Nossas equipes não têm acesso aos feridos”, disse ele.
Israel declarou que se prepara para tomar o controle da Cidade de Gaza e dos acampamentos de refugiados vizinhos com o objetivo declarado de derrotar o movimento islamista palestino Hamas e libertar os reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.
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