A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou neste sábado (24) que 15 pessoas morreram em bombardeios noturnos no centro e no sul do território palestino sitiado, onde Israel intensifica sua ofensiva.
Israel retomou as operações em Gaza em 18 de março, ao encerrar dois meses de cessar-fogo.
Na segunda-feira passada, foi retomado o fornecimento de ajuda humanitária, limitado, que estava bloqueada desde 2 de março pelo governo israelense.
Mahmud Bassal, porta-voz da organização de resgate, afirmou que “pelo menos 15 palestinos, incluindo mulheres e crianças, morreram em bombardeios israelenses” no território de 2,4 milhões de habitantes.
Quatro pessoas, incluindo uma criança, morreram na região de Al Tuffah, no norte do território, e outras cinco em um bombardeio contra “um grupo de cidadãos que aguardavam caminhões de ajuda ao oeste de Khan Yunis”, no sul do território, afirmou Bassal.
Ainda em Khan Yunis, quatro integrantes de uma família morreram em um bombardeio contra um apartamento, informou Bassal, que também citou dois mortos no campo de refugiados palestinos de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
Procurado pela AFP, o Exército israelense afirmou que não estava em condições de comentar as informações, a menos que fossem apresentadas “as coordenadas geográficas exatas” dos ataques.
Em um comunicado, no entanto, informou que desde sexta-feira foram efetuados bombardeios aéreos contra mais de 100 alvos em todo o território.
No hospital Nasser de Khan Yunis, várias pessoas choravam ao lado dos corpos de parentes, envolvidos em lençóis.
“De repente, um míssil de um F-16 destruiu toda a casa. Todos eram civis: minha irmã, seu marido e seu filho”, disse Wisam Al Madhun.
“Nós os encontramos deitados na rua. O que esta criança fez ao (primeiro-ministro israelense, Benjamin) Netanyahu?”, perguntou.
A guerra em Gaza começou com o ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que provocou a morte de 1.218 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 57 continuam retidas em Gaza, das quais pelo menos 34 morreram, segundo as autoridades israelenses.
Mais de 53.900 palestinos, a maioria civis, morreram na Faixa de Gaza na operação militar israelense, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas para Gaza, considerados confiáveis pela ONU.
bur/az/mj/vl/mab/pb/fp