O que eu mais escuto a respeito das minhas colunas ‘agressivas’ é: ‘Nossa, o que o presidente te fez? Por que tanta raiva assim? Todo dia você escreve sobre ele’. Bem, por onde começar, né?

Pelos funcionários fantasmas e as rachadinhas? Pelo Queiroz e os ‘micheques’? Pelo tratamento precoce e aglomerações? Pelo mimimi e jacaré? Pelo Pazuello e o Queiroga? Pelo ‘e daí?’ e ‘vão chorar até quando’? Pelo maricas e máscaras?

Mas não só! Há ainda as ofensas gratuitas aos homossexuais, índios, negros e quaisquer outros grupos que não se enquadrem no hipócrita – e mais falso que nota de 3 reais – moralismo neo-pentecostal de extrema direita nazifacista.

PRESIDENTE

Contudo, apesar de todas as razões acima, meu desprezo por Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, seria o mesmo que o de três anos atrás, quando ainda era um obscuro idiota mamando dinheiro público para não fazer nada, se não tivesse, desgraçadamente, com a ajuda do meu voto, vencido a eleição de 2018.

A partir de então, suas palavras, gestos e atitudes, e mais ainda, seus atos como presidente da República, impactam diretamente a minha e a vida de mais de 200 milhões de brasileiros. Eis aí minha treta com o devoto da cloroquina.

Além dele, há uma lista gigante no meu quadro pessoal de ódio: Lula, o meliante de São Bernardo; Sarney, o pai, avô e bisavô do centrão; Aécio, o algoz do primo; Calheiros, o intocável; e tantas outras figuras asquerosas da política nacional.

CULPADOS

Em comum, estes nomes acima e tantos outros que não caberiam nem em 1.000, ops!, isso é o porcentual do superfaturamento do maníaco do tratamento precoce, ou melhor, nem em mil artigos, são os responsáveis diretos por grande parte das nossas maiores agruras.

São os políticos e governantes corruptos, populistas, corporativistas, fisiológicos, embusteiros, mentirosos, cínicos, egoístas, cafajestes – caramba! Me lembrei de Collor, Lobão, Maluf, Newtão, Dirceu, Cabral, Lula, Lula, Lula, – que aprisionam o País neste interminável ciclo de atraso, pobreza e subdesenvolvimento.

Ao lado destes cretinos, uma casta de funcionários públicos que sugam o sangue, suor e lágrimas dos brasileiros pobres, luxuosamente auxiliada por uma elite, em grande parte, empresarial, intelectual e artística da pior qualidade, se mantém intacta e mais renovável do que água de geleira nórdica

É SÓ O QUE ME CABE

Sou da geração que ouviu dos pais e avós a maior de todas as mentiras: ‘o Brasil é o País do futuro’. Só se for o futuro dos filmes de ficção científica – daqui a 600 mil anos-luz – porque o futuro terrestre (e terreno!), nem pensar.

Com 54 anos, trabalhei, produzi e distribuí riqueza, paguei impostos e cumpri com minhas obrigações de cidadão até a terceira geração vindoura, no mínimo. Hoje, me dedico única e exclusivamente a fazer o que gosto. E escrever é uma delas.

E, como não tenho talento para contos, romances e poesias, nem estudo e técnica suficientes para grandes construções literárias, me especializei em traduzir para a tela do computador, ou do smartphone, minhas infinitas raiva e indignação contra vagabundos públicos. E Bolsonaro, a razão desse textão, é um deles. Entenderam agora ou preciso desenhar?