A declaração polêmica de Cacau Cotta, diretor de relações institucionais do Flamengo, sobre as pichações na sede do clube, após a derrota para o Atlético-MG no último sábado, gerou revolta na torcida do time rubro-negro, que se manifestou nas redes sociais nesta quarta-feira ironizando o dirigente.

“Do jeito que foi escrito, Mickey todo certinho, não foi a torcida. Aquilo é político”, disse Cotta, em entrevista no programa “os Donos da Bola”, da TV Bandeirantes. Na sequência do programa, ele tentou explicar a declaração, dizendo que não queria “desmerecer o torcedor, querendo o chamar de burro”, mas a torcida não perdoou e, nas redes sociais, ironizou o dirigente.

Uma da frases do protesto trazia a palavra “Mickey” para ironizar a nota oficial que o clube emitiu no início do mês exaltando a conquista da Flórida Cup, torneio amistoso disputado em janeiro, nos Estados Unidos. Também houve protesto contra o técnico Abel Braga e o diretor Luiz Alberto Baptista.

Em pouco tempo, a atual diretoria coleciona polêmicas, de modo que a declaração de Cacau Motta e a nota oficial exaltando o título da Flórida Cup não foram os únicos fatos que causaram a irritação dos torcedores.

No final de abril, o jornal Extra noticiou que a X-Tudo, empresa contratada pela vice-presidência de comunicação do Flamengo, decidiu vetar o termo “festa na favela” nas redes sociais do clube por entender que a expressão estava associada à violência. Após a notícia vir à tona, o Flamengo negou a proibição do termo e atacou o jornal.

As manifestações da torcida são fruto da irregularidade do time em 2019. Neste ano, o estrelado e caro elenco do Flamengo ainda não conseguiu deslanchar, de modo que oscila demais na temporada e, além de acumular alguns tropeços, não joga um bom futebol, salvo algumas exceções. No Brasileirão, a equipe carioca ocupa a nona posição, com sete pontos. Em cinco jogos, perdeu dois, venceu outros dois e empatou uma vez.