Um grupo de deputados que decide derrubar o presidente do partido, uma filha preterida que rompe politicamente com o pai, um preso por ameaçar instituições democráticas e atacar ministros togados da Corte Suprema do País. Em meio a isso, uma série de desfiliações de militantes às vésperas de uma campanha presidencial.

O script daria um seriado, mas é a realidade dentro do PTB, hoje – partido fundado pelo então presidente Getúlio Vargas e hoje nas mãos de um político que passeia pelas páginas policiais há anos.

O PTB está se esfacelando numa autofagia inimaginável. Era potencial destino do presidente Jair Bolsonaro para filiação, há poucas semanas.

Com a prisão de Roberto Jefferson (sem previsão de sair da cadeia), o partido caiu em desgraça. A própria filha, Christiane Brasil, brigou com Jefferson ao ser preterida para comandar a legenda interinamente.

Nesta quinta (10), com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em afastar Jefferson da presidência por 180 dias (ele estava apenas licenciado), a pá de cal começou a ser jogada na sigla.

O pedido de afastamento, aliás, foi feito por sete deputados petebistas insatisfeitos com a conduta de Jefferson. Para uma amostra do cenário.