São Paulo, 26 – A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de autorizar a contratação, até 30 de junho, com recursos obrigatórios, de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para beneficiamento ou industrialização de leite, atende a solicitação do Ministério da Agricultura. Segundo a pasta, em nota, o setor enfrenta aumento de custos – os preços dos insumos para ração das vacas leiteiras, como milho e farelo de soja, levaram à queda na relação de troca entre esses insumos e o leite. “Para 2021, não há expectativa de recuo no preço dos insumos e do custo da alimentação desses animais. Assim, dependendo do comportamento do preço do leite, a rentabilidade do setor pode ser prejudicada, o que pode induzir ao descarte precoce de matrizes leiteiras e, consequentemente, reduzir a oferta interna de leite.”

Conforme a decisão do CMN, o limite de crédito é de até R$ 65 milhões, com taxa de juros de 6% ao ano e prazo de reembolso de até 240 dias. Também foi ampliado de um ano para dois anos o prazo de reembolso para contratação de crédito de custeio pecuário para retenção de matizes bovinas de leite.

Outras duas medidas aprovadas na reunião do CMN atendem a agricultores familiares. A primeira autoriza o financiamento de operações de investimento, na fonte Recursos Obrigatórios, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o que pode resultar em até R$ 1,5 bilhão para em recursos novos para essa finalidade. A segunda medida amplia o prazo de crédito de curto prazo às agroindústrias familiares de um para dois anos, também em operações ao abalado do Pronaf.