ROMA, 10 OUT (ANSA) – A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno, eleita no Brasil para uma vaga no Parlamento italiano, disse ter recebido a confirmação de que já foi tomada a “decisão política” de extraditar Cesare Battisti.   

A declaração foi dada nesta terça-feira (10), durante uma sessão da Câmara dos Deputados da Itália, em Roma. “Temos confirmação de que a decisão política de devolver Cesare Battisti à Itália já foi tomada. Faltam ainda algumas questões jurídicas a se resolver”, afirmou Bueno, sem citar quem lhe deu a confirmação.   

“Os brasileiros não querem Battisti em seu país. Foi o ex-presidente Lula quem o fez ficar”, acrescentou. Também nesta terça, a defesa do italiano reiterou o pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja suspenso qualquer procedimento para extraditá-lo.   

O habeas corpus foi apresentado após a prisão de Battisti em Corumbá (MS), ocorrida na quarta-feira passada (4), e está na mesa do ministro Luiz Fux. Segundo os advogados do italiano, há um risco “iminente e concreto” de expulsão, por isso o pedido deve ser analisado com rapidez.   

Acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por tentar entrar na Bolívia com o equivalente a R$ 23 mil em moeda estrangeira, Battisti foi libertado na última sexta-feira (6) e retornou para sua casa em Cananéia, no litoral sul de São Paulo.   

O italiano negou que estivesse saindo do país para fugir de uma eventual expulsão.   

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Condenado à prisão perpétua na Itália por terrorismo e envolvimento em quatro assassinatos, Battisti ganhou direito de residir no Brasil graças a um decreto assinado por Lula no último dia de seu segundo mandato. Ele sempre alegou inocência e diz ser vítima de perseguição política. (ANSA)


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