Não faltam referências aos anos 1980 em Stranger Things: figurino, trilha sonora e até duas grandes estrelas (Winona Ryder e Matthew Modine) remetem à década. Curiosamente, a produção atraiu muitos fãs que não viveram a época em plenitude.

Nascido em 1985, o engenheiro civil João Luiz Manfredini ainda era muito pequeno quando a década acabou. Apesar disso, identifica, no seriado, uma série de elementos da sua infância. “Stranger Things mostra o que eu vivi: o andar de bicicleta, os jogos com os amigos”, explica. Ele cita, também, o uso de walkie-talkies. “Quando era criança, meu pai comprou dois, e em viagens eu e meus primos usávamos para falar de um carro para o outro, achando o máximo”, lembra.

O gerente de vendas Guil Fontes nasceu em 1992, mas acredita ter vivido uma infância muito parecida com a retratada na série. “No Brasil, tudo chegava depois, então muitas coisas dos anos 80 vieram para cá no começo dos 90”, explica. “E outras coisas se estenderam pelos anos, como os fliperamas americanos, que eu também frequentava, e as músicas que compõem a trilha sonora da série, que são eternas.”

A música dos anos 80 sempre esteve presente na casa da estudante de direito Isabella Banzatto, nascida em 1995. “Acho que o que os nossos pais nos apresentam acaba, muitas vezes, se tornando nosso gosto também”, afirma. A paulistana conta que começou a assistir Stranger Things por conta da estética oitentista. Os figurinos da série despertam memórias afetivas. “Minha família usava roupas dos anos 80 nos anos 90, e carregaram algumas até meados dos anos 2000. Então eu vejo a série e penso: “Olha, o casaco é igual ao que a minha mãe tinha”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.