Será que relacionamentos tradicionais ainda valem a pena? A não-monogamia ganhou força nos últimos anos, e diversos famosos afirmam que conquistaram relacionamentos mais saudáveis depois de adotar a prática. Recentemente, em entrevista, Deborah Secco comentou um pouco sobre o seu relacionamento não-monogâmico com o cineasta Hugo Moura – e fez questão de ressaltar a fragilidade da monogamia.

“Eu percebi desde sempre que a monogamia não funciona na sociedade. É difícil ambas as partes serem fiéis. As relações não são monogâmicas, elas só são ditas assim”, disse a atriz.

Não é a primeira vez que Débora comenta sobre o assunto, e a dinâmica do relacionamento do casal já é conhecida do público faz tempo.

Casal especialista em relacionamento aberto comenta o caso

Marina Rotty e Marcio Wolf, casal não-monogâmico que compartilha experiências nas redes sociais, buscam desmistificar os preconceitos que circundam os relacionamentos liberais – e certamente tem propriedade no assunto.

“A não-monogamia devolve o poder de escolha para cada indivíduo, ao mesmo tempo em que promove uma parceria mais aberta e honesta. Através da comunicação constante, indispensável para este estilo de relacionamento, o casal fica mais conectado e comprometido um com o outro. Isso deixa a relação mais transparente”, diz Marina.

Marcio complementa a visão, destacando a importância do consentimento mútuo: “Através de nossas atividades no Grupo Z, buscamos criar um ambiente seguro e respeitoso, onde cada indivíduo pode definir seus limites e desejos. A não-monogamia consensual requer confiança, comunicação constante e respeito pelas escolhas do parceiro, construindo relações mais sólidas e duradouras”.

Sobre o caso específico de Deborah Secco, Marcio é categórico: “É inspirador ver figuras públicas como Deborah Secco compartilhando sua experiência. Isso ajuda a desmistificar a não-monogamia, mostrando que é possível ter relacionamentos saudáveis e felizes fora dos padrões convencionais. Cada pessoa é única, e nossas escolhas devem ser respeitadas, desde que baseadas no diálogo e no consentimento mútuo”.

Marina, formada em psicologia, comenta sobre o caso com uma visão mais ampla, e conclui o assunto exaltando a importância de declarações como a de Deborah Secco: “O depoimento da Deborah reflete uma realidade que muitas pessoas vivenciam, mas nem sempre têm coragem de expressar. A sociedade impõe padrões que nem sempre se encaixam nas diferentes dinâmicas dos relacionamentos”.

“A não-monogamia consensual permite a flexibilidade necessária para que casais possam moldar suas próprias regras, respeitando as individualidades e construindo conexões verdadeiras”, conclui Marina.