A contagem regressiva para a estreia do remake de “Vale Tudo”, da Globo, já começou para os amantes da teledramaturgia. Sobretudo pelo retorno de ninguém menos que Odete Roitman, uma das maiores vilãs da história da ficção brasileira, na estreia da novela escrita por Manoela Dias.
Interpretada na primeira versão por Beatriz Segall (1926-2018), a nova vilã da trama ressurgirá pelas mãos de Débora Bloch. Em entrevista coletiva sobre a novela, a atriz confirmou que Odete voltará tão preconceituosa quanto a versão passada.
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“Ela é retrógrada, ultrapassada e racista. Odete é uma personagem muito preconceituosa, classista e que, infelizmente, está muito atual ainda”, disparou ela, relacionando o caráter da ricaça com o de muitas pessoas da vida real.
“A Odete é uma ‘p*’ personagem. É uma mulher que despreza o Brasil, que não sabe ver, reconhecer, não entende o valor do Brasil. Um retrato de uma classe brasileira que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele, suga as suas riquezas”, completou.
Chegada de Odete Roitman (Débora Bloch) em chamada de “Vale Tudo”
Débora também comparou as atitudes de Roitman em 1988, ano em que a novela foi ao ar pela primeira vez, às atrocidades que ainda acontecem em 2025.
“É interessante e atual. Infelizmente, esse pensamento ainda está atual, essa maneira de se comportar na sociedade. Eu tento fazer uma Odete que representa esse Brasil de hoje, essa personagem [agora]”, argumentou.
Ao ser questionada a respeito da relação de Odete com Maria de Fátima (papel de Glória Pires na primeira versão), papel de Bella Campos, Bloch revelou que a vilã será passada para trás pela moça ambiciosa:
“Ela acha que pode manipular, que a Maria de Fátima é uma pessoa manipulável, mas vai levar uma rasteira. Eu acho que isso vai ser um momento importante para refletirmos sobre como o racismo se disfarça nas relações cotidianas”.
O remake de “Vale Tudo” estreia dia 21 de março na faixa das 21h da Globo.
