Em mais uma demonstração de seu afeto histórico e explícito por ditadores e ditaduras, Lula da Silva, o ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-lavador de dinheiro e ex-corrupto) e atual presidente da República, não apenas recebeu com pompa e circunstância o proto ditador venezuelano, Nicolás Maduro, em Brasília, nesta segunda-feira (29/5), como proferiu sua tradicional gosma ideológica em favor do tirano.

Durante pronunciamento no Palácio do Planalto, o chefão petista elogiou Maduro e a Venezuela e disse que a imprensa, naquele país, é livre. Bem, alguém tem de avisar aos familiares dos jornalistas opositores, mortos pelas milícias do amigão do PT. Do PT? Sim. Anteriormente, Gleisi Hoffmann, a presidente do partido, bem como Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, teceram elogios à “democracia até de mais” da Venezuela.

Nunca é tarde, e eu jamais me canso de lembrar, do alinhamento político e ideológico do lulopetismo por esse tipo de gente. O ex-líder do mensalão (Lula para os íntimos) já chamou os terroristas sanguinários, Muammar Al Gaddafi e Mahmoud Ahmadinejad, de irmão e amigo, além de fazer a defesa contumaz de outro ditador sanguinário, Daniel Ortega, da Nicarágua – e antes desses, Fidel Castro, de Cuba.

Não estou entrando no mérito comercial do encontro (Brasil x Venezuela) nem muito menos fazendo juízo de valor institucional. Não enxergo o mundo e as relações diplomáticas como um convento de freiras. Ao contrário. Todos os países possuem seus facínoras de estimação a depender do momento. Meu ponto aqui é sobre o aspecto moral da visita do ditador da Venezuela e das declarações do presidente brasileiro.

Lula e o PT adoram apontar o dedo acusador contra os outros. Quando Jair Bolsonaro, o ex-verdugo do Planalto, recebeu um casal de líderes neonazistas alemães no Brasil, em 2021, com toda a razão, denunciaram o absurdo do encontro. De igual sorte, criticaram a proximidade do clã das rachadinhas com a família real dos Emirados Árabes, igualmente uma ditadura, que, aliás, rendeu uma coleção de jóias contrabandeadas.

Mas o que vale para os outros não vale para o PT, ou melhor, o que vale para o PT não vale para os outros. Corrupção, por exemplo. Ou empreguismo de amiga da primeira-dama. Ou ainda, indicação de “paus mandados” para o Supremo. Enfim, o lulopetismo foi, é e sempre será o partido das contradições, o que vale dizer: para os outros, a lei; para o partido, nem isso. Depois não entendem por que não suporto essa gente.