A agência de controle de drogas dos Estados Unidos (DEA) planeja intensificar o monitoramento do Uruguai, realizado a partir de seu escritório na Argentina, informou à AFP a embaixadora americana no Uruguai, Heide Fulton.

Esse país de 3,4 milhões de habitantes, considerado um dos mais pacíficos da América Latina, tem visto nos últimos anos um aumento no crime e na violência, que especialistas e autoridades atribuem ao tráfico de drogas.

Em entrevista à AFP, Fulton afirmou que “a DEA tem conduzido uma revisão global de sua presença em todo o mundo, buscando garantir que esteja na melhor posição para enfrentar os desafios atuais”.

“Como parte dessa revisão global geral, recomendaram designar mais um funcionário em Buenos Aires (além do que já está lá) para focar especificamente no Uruguai”, explicou.

A diplomata comemorou essa iniciativa, que, segundo ela, responde ao “interesse contínuo” do governo do presidente Luis Lacalle Pou em melhorar a cooperação com a agência antidrogas americana.

Desde o fechamento do escritório da DEA em Montevidéu em 2019, a cooperação entre a agência e as autoridades uruguaias é realizada a partir da capital argentina.

A DEA e o Ministério do Interior do Uruguai assinaram em março um memorando de cooperação para ampliar e fortalecer a colaboração bilateral no combate ao crime organizado relacionado às drogas no Uruguai e na região.

Fulton disse que, desde sua chegada ao Uruguai em março de 2023, tem trabalhado de perto com autoridades locais em controle de fronteiras, cibersegurança, combate à lavagem de dinheiro, capacitação e formação para combater o narcotráfico e as organizações criminosas transnacionais.

Ela espera continuar esse trabalho com o governo que assumirá em 1º de março de 2025, após as próximas eleições.