O jogo de quarta-feira contra o Moto Club, em São Luís, deverá ser somente o primeiro de Nino em 2020 com a camisa do Fluminense, mas já tem ares de decisão. Afinal, eliminado da Copa Sul-Americana logo na primeira fase, o time sabe que não pode repetir a decepção na Copa do Brasil em sua etapa inicial. Foi o que reconheceu o zagueiro nesta segunda, em entrevista coletiva, garantindo que o elenco está mobilizado para esse confronto.

“A Copa do Brasil já era de muita importância pelo grande campeonato que é. A eliminação precoce na Sul-Americana deixa todo mundo triste e um pouco decepcionado, mas nosso papel é virar a chave. Sabemos que tem muita coisa para acontecer e temos condições de transformar um início de ano ruim em um ano espetacular. Vamos com foco total na Copa do Brasil. Já é uma final para a gente e está todo mundo concentrado para conseguir um grande resultado lá”, afirmou.

Nino foi titular do Fluminense em 2019, o que chamou a atenção do técnico André Jardine, que o convocou para defender a seleção brasileira sub-23 no Pré-Olímpico disputado no início do ano na Colômbia. Depois de a equipe obter a vaga nos Jogos de Tóquio, ele recebeu folga do clube, tendo ficado, em seu retorno, no banco de reservas no empate por 0 a 0 com o Unión La Calera, no Chile, um resultado que eliminou o time da Copa Sul-Americana, na semana passada. Nesta segunda, o zagueiro defendeu o planejamento do clube e a decisão de Odair Hellmann.

“Eu me apresentei dia 3 na seleção enquanto estava todo mundo de férias. Não foi um pedido meu, foi uma escolha do clube, porque eu vinha de 40 dias intensos de competição e desgaste. Achamos melhor isso para não ter risco de alguma lesão ou de algum problema que pudesse me tirar por mais tempo. Não perdemos a classificação porque eu estava fora, até porque fizemos um bom jogo lá. Triste estou, como todos estão, pela desclassificação. Mas temos de entender que a vida vai seguir daqui para frente e temos a oportunidade de fazer algo diferente já nesta semana”, disse.

Nino, aliás, saiu em defesa do treinador, que está em início de trabalho no Fluminense, e avaliou que tem muito a evoluir sob o comando de Odair. “O professor Odair é um cara muito inteligente, tem passado bem as ideias dele. Gostei muito de conhecê-lo. É um cara que já admirava pelo trabalho que fez no Inter. Ele se esforça muito para deixar claro tudo o que pensa sobre o jogo. Dá bastante ênfase na parte defensiva e tem boas ideias de construção de jogo. Tem acrescentado muito ao meu futebol e estou muito feliz de trabalhar com ele porque sei que vou aprender muito durante esse ano. Estou à disposição dele, como todos estão, e vamos esperar para ver como ele vai montar o time para quarta-feira”, concluiu.