Um gambá cheira o outro, isso é mais do que verdade. Logo, párias se abraçam e se cheiram (argh!) uns aos outros também. Foi o caso do encontro entre Jair Bolsonaro, o devoto da cloroquina, e uma dupla de neonazistas asquerosa. Fico imaginando o teor da conversa: ‘Matamos 6 milhões de judeus; ajudei a matar 550 mil brasileiros’.

Mas antes dele – do amigão do Queiroz, o miliciano operador das rachadinhas do clã, que anda mandando recadinhos pelas redes sociais à cata de emprego – outros da mesma laia, os deputados Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro, o bananinha, também jactaram-se da companhia dos neonazistas que exalam os odores do genocídio.

Refiro-me, é claro, à parlamentar alemã Beatrix Von Storch e ao seu concubino, Von. Ambos foram recebidos com beijos, sorrisos e abraços pela turma siamesa do Brasil. Beatrix, neta de um dos mais poderosos ministros de Adolf Hitler, representa um lixo – travestido de partido político -, o ultra-direitista ‘Alternativa para a Alemanha’.

A deputada está sendo investigada pelo serviço de inteligência alemão por divulgar ideias nazistas, xenófobas e extremistas. Mal vista na Alemanha e em qualquer país minimamente decente do mundo democrático ocidental, encontrou, no Brasil, alguns dos melhores parceiros ideológicos – e de péssimos valores – que poderia ter.

O partido que a ‘jabiraca nazi’ representa é o primeiro a ser colocado ‘sob vigilância’ na Alemanha desde 1945, vejam vocês. O motivo: a tentativa de minar a constituição alemã. Percebem, meus caros e minhas caras? Qualquer semelhança com os novos amigos brasileiros, portanto, não é – absolutamente! – nenhuma mera coincidência.