O Papa Francisco e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se encontraram em uma reunião privada no Vaticano, na viagem de caminho de volta para casa, após Maduro visitar países produtores de petróleo no Oriente Médio, para estabilizar os mercados de petróleo. A visita ao Vaticano não havia sido anunciada.

Como a notícia da reunião papal surpresa veio à tona, o monsenhor Emil Paul Tscherrig, que Francisco enviou para Caracas, capital da Venezuela, numa tentativa de alavancar o diálogo entre o governo e a oposição, anunciou que representantes dos dois lados se encontrariam no dia 30 de outubro na ilha venezuelana de Margarita, sob os auspícios do Vaticano e da União das Nações sul-americanas (Unasul).

O Vaticano disse que o papa exortou Maduro para corajosamente tomar o caminho do “diálogo sincero e construtivo” para aliviar o sofrimento do povo venezuelano, especialmente os pobres. Ele pediu a Maduro para promover um clima de renovada coesão social que permita que todos possam olhar para o futuro com esperança, disse o Vaticano em um comunicado.

A Venezuela vive um momento de alta tensão política após a suspensão, pelo poder eleitoral, do processo liderado pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para submeter Maduro a um referendo revogatório de seu mandato, que termina em 2019.

Diante disso, o Parlamento aprovou no domingo uma resolução que considera o freio ao referendo. O Congresso da Venezuela declarou neste domingo que o governo de Nicolás Maduro promoveu um golpe, em uma sessão que foi interrompida quando apoiadores da administração socialista invadiram a câmara. Fonte: Associated Press.

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