Tricampeão da Libertadores, o Palmeiras continua sua jornada em busca do tetra. Nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), abre o confronto das quartas de final diante do surpreendente Deportivo Pereira, da Colômbia. O palco do jogo será o Estádio Hernán Ramírez Villegas, em Pereira.

O Palmeiras joga as quartas de final da Libertadores pelo sexto ano consecutivo, transformando-se no dono da sequência mais longa na história do torneio, junto com o Boca Juniors (2000-2005). O time de Abel Ferreira, este bicampeão do torneio, se classificou à semifinal nas últimas três edições.

Time no qual se aposentou o lendário goleiro René Higuita, o Deportivo Pereira, atual campeão colombiano, é estreante na competição e faz, em sua primeira participação no torneio mais importante da América do Sul, uma campanha memorável, com vitória sobre o temido Boca Juniors na fase de grupos e responsável pela eliminação do Independiente del Valle, campeão da última edição da Sul-Americana. Por isso, ainda que o rival não tenha tradição na Libertadores, o Palmeiras encara os colombianos com respeito.

“Estamos falando de quartas de final de Libertadores e ninguém chega ali por acaso. Se eles estão ali é porque eles têm qualidade e fizeram por onde, construíram uma trajetória”, disse o zagueiro Luan.

Será o primeiro duelo entre Palmeiras e Deportivo Pereira na história, mas o clube paulista já atuou em Pereira anteriormente. Em 12 de junho de 1994, foi a estádio Hernán Ramirez Villegas enfrentar a seleção colombiana, que se preparava para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, e levou 3 a 0 – curiosamente, dois gols foram marcados pelo meio-campista Freddy Rincón, que estava se transferindo do Palmeiras para o Napoli, da Itália. Ídolo na Colômbia e no Brasil, Rincón morreu em abril do ano passado, após ter o carro atingido por um ônibus.

O Palmeiras chegou a Pereira na segunda-feira por meio do avião de Leila Pereira, presidente do clube, que argumenta ter comprado a aeronave para diminuir o desgaste dos deslocamentos, antes feitos em voos fretados.

Dos dez países que disputam a Libertadores, a Colômbia é o único para onde não havia ido ainda Abel Ferreira. Sob o comando da comissão portuguesa, o Palmeiras fez 15 jogos fora do país no torneio e só perdeu uma vez, para o Bolívar, na estreia da edição atual. São 13 vitórias e um empate, além desse revés.

Abel deve ter os retornos do meio-campista Gabriel Menino, que havia sentido dores musculares na vitória por 1 a 0 em cima do Cruzeiro, além de Dudu, preservados das últimas duas partidas em razão de um incômodo na panturrilha.

O jovem Luis Guilherme, com um estiramento na coxa direita, não viajou e está fora da partida, bem como Endrick, suspenso por ter recebido, do banco de reservas, o vermelho no empate com o Atlético-MG que confirmou o time nas quartas de final.

MONITORAMENTO MÉDICO

A Conmebol implantou, a partir dos jogos das quartas de final, o sistema de monitoramento médico, que diz ser um “avançado dispositivo para detecção rápida de lesões graves” utilizado pelos médicos designados pela entidade.

A tecnologia será usada num tablet que ajudará os médicos da Conmebol a visualizar as lesões ocorridas no jogo por diferentes ângulos de TV e, por sua vez, poder fazer recomendações aos médicos das equipes, a fim de ter mais precisão no diagnóstico e reduzir o tempo de atendimento dentro do campo.

“Detectar se um jogador sofreu uma lesão grave pode ser crucial para a sua saúde e bem-estar”, disse Osvaldo Pangrazio, presidente da Comissão Médica e Unidade Antidoping da Conmebol.