De olho na COP30, Brasil e Itália anunciam ações de resfriamento

SÃO PAULO, 16 JUN (ANSA) – O Brasil e a Itália anunciaram novas ações para conter o aquecimento global no planeta, em vista da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém.   

O país sul-americano e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançaram o “Mutirão contra o Calor Extremo”, uma iniciativa global para enfrentar o aquecimento global por meio do resfriamento sustentável. Além disso, o Brasil levará o tema para o centro do debate durante a COP30.   

Já a Itália se comprometeu a destinar US$ 2 milhões em novos financiamentos para o Compromisso Global de Resfriamento, instrumento lançado na COP28, nos Emirados Árabes, para reduzir em 68% o impacto climático relacionado a mecanismos de refrigeração até 2050.   

Os anúncios foram feitos em Bonn, na Alemanha, na última sexta-feira (13) durante a primeira Reunião de Pontos Focais dos Signatários do Compromisso Global de Resfriamento.   

“O resfriamento sustentável será uma prioridade na COP30 porque as cidades, o clima e bilhões de pessoas dependem dele.   

Por meio do Mutirão contra o Calor Extremo, nosso objetivo é transformar as cidades em motores de adaptação e garantir que ninguém seja deixado para trás à medida que o calor extremo se acelera”, disse a CEO da COP30, Ana Toni.   

Segundo o Observatório Global de Resfriamento 2023 do Pnuma, “se as tendências atuais continuarem, o aumento da demanda de resfriamento por si só pode acrescentar 6,1 gigatoneladas de dióxido de carbono até 2050, enquanto mais de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso ao resfriamento para manter alimentos, remédios e economias viáveis”.   

“O resfriamento sustentável é uma alavanca central de adaptação e é uma medida de correção de curso que ainda nos mantém dentro do limite de 1,5°C”, disse o diretor da Divisão de Mudança Climática do Pnuma, Martin Krause. (ANSA).