A temporada de 2019 da nadadora Etiene Medeiros pode ser resumida como um ano de bons resultados. A pernambucana de 28 anos teve como destaque nas competições disputadas a conquista da medalha de prata dos 50 metros costas no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, e as cinco medalhas ganhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, com o ouro nos 50 metros livre.

Agora Etiene Medeiros já está de olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e, por isso, embarca nesta quinta-feira para um treinamento de 21 dias na altitude de Serra Nevada, na Espanha.

“Tivemos Mundial e Pan-Americano como ápice do ano, embora também tenhamos disputado o Maria Lenk e o (José) Finkel. Essas duas grandes competições internacionais têm o glamour delas e antecedem aos Jogos Olímpicos. Importante estar entre as melhores, obtendo bons resultados para ser vista como alguém diferente que pode ter uma boa performance em Tóquio-2020. Ano de preparação em que consegui finalizar bem, com resultados legais. Acabou sendo um ano muito bom”, avaliou Etiene Medeiros.

O Mundial na Coreia do Sul, em julho, foi uma competição importante para a pernambucana. “Foi muito bom ganhar a prata nos 50 metros costas, nadando com as melhores do mundo. Mais uma medalha para o Brasil e para minha carreira, o que me faz ver que continuo em um nível diferenciado na natação”, comentou.

Em seguida, ela enfrentou o desafio de sair da Coreia do Sul praticamente direto para Lima, o que não foi fácil, no início de agosto. O fuso foi uma dificuldade, mas Etiene Medeiros superou. “Pan-Americano foi desafiador, por ser em Lima (Peru), um local que eu não conhecia, fazendo frio naquela época do ano. Às vezes você vê a competição na TV e não sabe o que o atleta passa. Foram cinco dias bem pesados, onde mesmo assim conseguimos cinco medalhas. E o bicampeonato nadando a melhor prova nos 50 metros livre, outra medalha de ouro, já que eu tinha vencido em Toronto-2015, nos 100 metros costas. Um feito bem difícil, mas fui para o Pan com o pensamento de que queria muito aquele resultado”, ressaltou a primeira e única medalhista de ouro do Brasil em Pan-Americanos em provas individuais.

O ano de 2019 foi de mudanças para Etiene Medeiros. A nadadora mudou-se de São Paulo para São Bernardo do Campo, no ABC paulista. “Foi um desafio, morar em uma cidade bem diferente, mas com uma estrutura muito boa no Sesi. Piscina coberta, profissionais muito bons. Consigo ter um padrão forte de treinamento”, explicou.

“Agora já estou com a cabeça em 2020. Estou indo para Serra Nevada, na Espanha, fazer treinamento de altitude em um centro de alto rendimento muito bem estruturado. Em fevereiro tenho Sul-Americano, em Buenos Aires, e uma competição preparatória em data a definir. Depois, de 20 a 25 de abril, o Maria Lenk, que vale como seletiva para Tóquio. Estou preparada, vou definir tudo com o Fernando Vanzella, meu treinador, para planejar todos os detalhes de mais um ano juntos. A meta é chegar em Tóquio, se tudo der certo, nos 50 metros livre, 100 metros livre e 100 metros costas. Não sei se estarei nos 100 metros borboleta e nos 50 metros costas, mas as principais são essas”, finalizou.