Os policiais descobriram, por fim, que o desvio dos remédios para o tráfico de drogas não era o único crime cometido pelo grupo. Os policiais encontraram ainda indícios de superfaturamento dos contratos da saúde e de lixo na cidade. Em documentos apreendidos pela polícia, as organizações sociais dominadas por Gordo cobravam da Prefeitura até 50% a mais do que pagavam a fornecedores ou a empresas por elas subcontratadas. “Desses 22 lançamentos, encontramos 13 registros com tais características que indicam superfaturamento e onerando os cofres públicos”, escreveu o delegado no relatório.

Além de cobrar mais caro, o grupo entregava produtos de péssima qualidade ou com validade vencida. Isso foi constatado quando se fiscalizou a cozinha industrial que fornecia comida para o hospital da cidade.

Em razão das investigações, a Câmara Municipal abriu uma comissão de investigações e tomou depoimentos do vice-prefeito e de secretário. Um deles confirmou as negociações. A polícia concluiu a segunda fase da operação e, com base em depoimentos e escutas, abriu novos inquéritos sobre crimes “como tráfico de drogas, posse de armas de uso restrito, sequestro e cárcere privado”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.