A mexicana Fátima Bosch Fernández, de 25 anos, conquistou na noite de ontem o título de Miss Universo 2025. Sua vitória ganhou ainda mais força por vir após um episódio de humilhação pública que acabou transformando a candidata em um símbolo internacional de coragem e respeito.
Natural de Teapa, no México, e formada em design de moda, Bosch já acumulava experiência em competições de beleza antes de chegar ao topo. Nascida em 19 de maio de 2000, sempre demonstrou ambição e determinação. Iniciou os estudos na Escola Arjí, em Villahermosa, e expandiu sua formação para instituições internacionais. Apaixonada por moda, estudou na Universidade Ibero-Americana e completou cursos na Nuova Accademia di Belle Arti (NABA), em Milão, além de passar pelo Lyndon Institute, em Vermont, nos Estados Unidos.
Antes do reconhecimento mundial, sua carreira já englobava diversas frentes: era modelo, criadora de conteúdo e defensora de causas relacionadas ao empoderamento feminino, usando a moda como ferramenta de expressão e impacto social.
O episódio de conflito
A polêmica começou durante uma solenidade de entrega de faixas, quando o diretor do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil, constrangeu Bosch diante das câmeras, chamando-a de “burra”. Ele reagiu dessa forma após ela pedir autorização à sua organização nacional para gravar um vídeo promocional para a Tailândia. A transmissão ao vivo registrou ainda o momento em que ele acionou a segurança e ameaçou desclassificar qualquer candidata que demonstrasse apoio à mexicana.
A resposta das demais concorrentes foi inédita: Bosch deixou o espaço com postura firme, acompanhada por outras participantes em um gesto coletivo de solidariedade que tomou as redes sociais. A Miss Universo 2024, Victoria Kjær Theilvig, também abandonou o evento em apoio à mexicana.
Diante da repercussão, a Organização Miss Universo divulgou uma nota oficial classificando o comportamento de Itsaragrisil como “malicioso, desrespeitoso e humilhante”, além de reduzir significativamente seu papel no concurso.
A coroação de Bosch simbolizou, portanto, uma vitória dupla: o reconhecimento de sua trajetória e uma resposta ao episódio que mobilizou o público global. Ela se tornou a quarta representante do México a conquistar o Miss Universo — depois de Lupita Jones (1991), Ximena Navarrete (2010) e Andrea Meza (2021) — e a primeira mulher do estado de Tabasco a representar o país na competição.
