18/09/2024 - 16:47
A propaganda que José Luiz Datena (PSDB), candidato à prefeitura de São Paulo, veiculou nas emissoras de rádio nesta quarta-feira, 18, foi uma defesa da cadeirada dada pelo apresentador em Pablo Marçal (PRTB), seu adversário na eleição, no debate da TV Cultura. Ouça abaixo:
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O programa eleitoral reproduziu a fala do ex-coach que antecedeu a agressão do tucano (“Você é um arregão, você atravessou o debate esses dias para me dar um tapa. Você não é homem nem para fazer isso“) e questionou o que os ouvintes fariam nessa situação. “O Datena fez o que você pensou”, concluiu a locução.
A campanha segue a mesma tônica adotada pelo próprio apresentador, que disse não se arrepender do episódio e, no primeiro embate com o agredido, em debate realizado por RedeTV! e pelo portal UOL, afirmou não o agrediria de novo porque “não bate em covarde duas vezes”.
Relembre a agressão
No debate de domingo, 15, Marçal mirou sua artilharia inicial em Datena ao recuperar um processo em que o apresentador foi acusado de assédio sexual por uma repórter da Bandeirantes. O processo chegou às mãos da Justiça de São Paulo, mas a vítima retirou as acusações.
O ex-coach acusou tucano de cometer assédio e chegou a chamá-lo de “Jack”, gíria associada a abusadores. Ele chamava Datena de “covarde” e “arregão” quando o adversário deixou seu púlpito e avançou com uma cadeira em mãos, com a qual agrediu Marçal. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) entrou no meio para apartar a briga, que seguiu com troca de ofensas.
Datena foi expulso do encontro e Marçal foi levado de ambulância ao hospital Sírio Libanês. De acordo com o boletim médico, ele sofreu “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito” e, desde então, desmarcou agendas de campanha alegando sentir dores.
A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para apurar o ocorrido, e especialistas ouvidos pelo site IstoÉ avaliaram que o caso deve configurar uma lesão corporal leve, em que não há previsão de privação de liberdade, mas de “penas alternativas” para o autor.