30/07/2024 - 7:00
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) mostrou crescimento na pesquisa Quaest divulgada na manhã desta terça-feira, 30, e aparece empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) dentro da margem de erro. No cenário principal do levantamento, Datena e Boulos estão empatados com 19% das intenções de voto, enquanto Nunes lidera a corrida com 20%.
O jornalista cresceu dois pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada em junho, quando aparecia com 17%. Já Nunes e Boulos caíram outros dois pontos percentuais. Ambos tinham 22% e 21%, respectivamente.
Pablo Marçal aparece em quarto lugar na pesquisa, com 13% das intenções de voto, seguido por Tabata Amaral (PSB), com 6% dos entrevistados. Os candidatos cresceram 1 p.p em relação à última pesquisa.
Na sequência aparecem Kim Kataguiri (União Brasil) e Marina Helena (Novo) com 3% das intenções de voto, além de Altino (PSTU) e Ricardo Senese (UP) com 1%, empatados tecnicamente com Tabata. Kim não deve ter a candidatura confirmada, já que o União Brasil tende a apoiar Ricardo Nunes na campanha.
Veja o resultado da pesquisa Quaest
- Ricardo Nunes (MDB) – 20%
- Guilherme Boulos (PSOL) – 19%
- Datena (PSDB) – 19%
- Pablo Marçal (PRTB) – 13%
- Tabata Amaral (PSB) – 6%
- Kim Kataguiri (União Brasil) – 3%
- Marina Helena (Novo) – 3%
- Altino (PSTU) – 1%
- Ricardo Senese (UP) – 1%
Religião e escolaridade se mostram determinantes
De acordo com a Quaest, Datena cresceu entre idosos e eleitores com ensino fundamental completo. Entre os menos escolarizados, o apresentador passou de 24% para 36% da preferência do eleitorado. Já entre os mais velhos, 24% disseram que votam no jornalista, ante os 18% do levantamento de junho.
Guilherme Boulos apresentou queda brusca entre espíritas, umbandistas e outras religiões. O psolista apresentava 33% da preferência do eleitorado, mas afundou para 21% na pesquisa desta terça-feira. Entre os católicos, a queda foi de 4 pontos percentuais, saindo de 21% para 17% dos eleitores. O crescimento do deputado foi entre os evangélicos, passando de 9% para 12%.
Na busca pela reeleição, Ricardo Nunes apresentou forte queda entre os eleitores que recebem de dois a quatro salários-mínimos. Na pesquisa de junho, o emedebista tinha 24% de votos desse público, mas caiu para 17% neste mês. O prefeito, no entanto, cresce entre os eleitores com ensino médio completo ou incompleto, partindo de 20% no mês passado para 25% na pesquisa atual.
Datena tira votos de Tabata; Pablo cresce entre os bolsonaristas
A Quaest ainda questionou os eleitores sobre quem votou nas eleições de 2022. Entre os que escolheram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Datena e Pablo Marçal arrancam votos de todos os concorrentes.
De acordo com a pesquisa, Datena subiu de 18% para 22%, mesma proporção de queda de Tabata Amaral, saindo de 16% para 12% das intenções de voto. Boulos caiu um ponto percentual e fechou com 36%, enquanto Nunes caiu de 15% para 13% do eleitorado. Esses eleitores foram repassados para Pablo Marçal, que subiu de 2% para 5% dos eleitores nesta pesquisa.
Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Pablo Marçal subiu vertiginosamente de 20% para 27% da preferência dos eleitores. Ricardo Nunes subiu um ponto percentual e atingiu 35%.
Datena aparece com 17% dos votos dos bolsonarista, e Tabata Amaral obteve 11%. Guilherme Boulos tem apenas 2% da preferência do eleitorado de Bolsonaro.
Segundo turno
No segundo turno, Nunes venceria Guilherme Boulos por 45% a 32%. Ambos apresentaram queda de um e dois pontos percentuais, respectivamente.
Já no cenário entre Nunes e Pablo Marçal, o atual prefeito teria 46% dos votos, enquanto o coach se estabilizou com 22% da preferência dos eleitores. Ricardo Nunes também venceria Tabata Amaral por 47% a 26%.
Em um eventual segundo turno entre Boulos e Marçal, a disputa ficaria tecnicamente empatada. O psolista está à frente com 37% das intenções de voto contra 33% do coach, próximos na margem de erro.
O estudo não considerou José Luiz Datena em cenários no segundo turno.
A pesquisa Quaest ouviu 1.002 pessoas entre os dias 25 e 28 de julho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.