SÃO PAULO (Reuters) – A produção de milho segunda safra do Brasil deve alcançar o recorde de 91,25 milhões de toneladas em 2021/22, estimou nesta quarta-feira a consultoria Datagro, com um aumento ante os 89,50 milhões apontados no levantamento anterior, mesmo após episódios de seca no Centro-Oeste.

Caso a perspectiva se confirme, o volume da safra que está sendo colhida representará uma alta de 45% sobre a temporada passada, que foi atingida fortemente por seca e geadas.

A Datagro ainda elevou a estimativa para produção total a uma máxima histórica de 116,10 milhões de toneladas, contra 114,35 milhões previstos em maio, 32% acima da safra anterior.

Em relação à área de plantio, a consultoria passou a prever 17,96 milhões de hectares para a segunda safra, ante 17,69 milhões de hectares na projeção anterior, crescimento de 12% no comparativo anual.

No total, a área de milho do Brasil deve ficar em 22,57 milhões de hectares, 10% acima da temporada passada, mostraram os dados.

Para a soja 2021/22, cuja colheita já foi encerrada, a Datagro reajustou a área de 41,23 milhões de hectares para 41,67 milhões, elevando a estimativa de produção a 126,18 milhões de toneladas, ante 124,86 milhões.

Se confirmado, o volume será 9,1% inferior à safra recorde da oleaginosa em 2020/21.

“A produtividade caiu intensamente nos Estados da região Sul do país, Mato Grosso do Sul e Rondônia, com ganhos apenas no Mato Grosso, Goiás, São Paulo, região do Mapito (Maranhão, Piauí e Tocantins) e Roraima”, disse em nota o coordenador de Grãos da Datagro, Flávio Roberto de França Junior, sobre os efeitos da estiagem causada pelo fenômeno climático La Niña na safra de verão.

(Por Nayara Figueiredo)

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