O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem aprovação de 24% dos brasileiros, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada na noite desta quarta-feira (12), pelo jornal Folha de S.Paulo. Esse índica é o pior desde que seu mandato começou, em janeiro de 2019, registrando uma queda de seis pontos percentuais desde a última pesquisa, divulgada em março.

De acordo com a pesquisa, 45% da população considera o governo ruim ou péssimo, em março eram 44%. O levantamento foi realizado entre terça-feira (11) e quarta-feira (12), com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O percentual das pessoas que consideram o governo regular subiu de 24%, em março, para 30% neste novo levantamento. 1% dos entrevistados não opinaram.

O Datafolha também questionou os entrevistados sobre a possibilidade de votarem em Bolsonaro em uma tentativa de reeleição do atual mandatário, e 54% responderam que não votariam no presidente de jeito nenhum.

Também nesta quarta, mais cedo, o instituto divulgou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto entre os entrevistados, e que o possível candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) venceria Bolsonaro no segundo turno por 55% a 32% dos votos.

Lula, que recuperou seus direitos políticos, tem 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% do atual presidente, Jair Bolsonaro.

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De acordo com a série histórica da pesquisa, de dezembro até este momento, a popularidade de Bolsonaro caiu drasticamente, com os índices de ótimo ou bom despencando de 37% aos atuais 24%, numa queda de 13 pontos percentuais em cinco meses.

O grupo que considera o governo ruim ou péssimo, em contrapartida, fez o caminho inverso: era 32% em dezembro e cresceu para os atuais 45% (alta de 13 pontos percentuais).

A rejeição de Bolsonaro, em comparação com outros presidentes eleitos desde 1989 e com tempo semelhante de mandato, só não é pior que a do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PRN). Collor, na mesma altura do mandato, em 1992, perto de ser ameaçado de impeachment, tinha uma rejeição de 68% de ruim ou péssimo, e 21% de avaliação regular.


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