Após o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar, na última terça-feira (29), o uso de tornozeleira eletrônica pelo deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ), o parlamentar afirmou que não iria acatar a decisão. Ele passou a noite de ontem na Câmara dos Deputados e dormiu em um colchão levado para seu gabinete.

Daniel Silveira é réu no Supremo em processo que apura a realização de atos contra instituições democráticas. Ele divulgou vídeos com ameaças a ministros do STF, chegou a ser preso por isso e foi liberado em novembro de 2021 com a condição de não participar de eventos públicos e ficar longe das redes sociais. O pedido veio da PGR (Procuradoria-Geral da República), que afirmou que o deputado continua a apresentar “comportamento delitivo” ao proferir, em público, “inúmeras ofensas” contra ministros do Supremo e o próprio tribunal.

Em Plenário, Silveira afirmou que a ordem não será acatada enquanto não houver deliberação da Casa. Em declaração a jornalistas, o parlamentar destacou que vai ‘morar’ nas dependências da Câmara dos Deputados para impedir a instalação do equipamento. “Quero ver até onde vai a petulância”, desafiou.

Outros deputados apoiaram a decisão de Daniel Silveira. Carla Zambelli (PL-SP), por exemplo, aparece em vídeo nas redes sociais dando suporte ao deputado, além de afirmar ter levado água e travesseiro. Luiz Lima (PL-RJ) também saiu em defesa do parlamentar.

“O que o ministro Alexandre de Moraes fez e o que a Câmara dos Deputados referendou a decisão do Alexandre de Moraes da manutenção da prisão dele tornou o Congresso Nacional pequenininho”, afirmou. 

Com informações do G1, UOL e Metrópoles