O Tribunal de Justiça da Espanha condenou o jogador de futebol Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher no banheiro da Boate Sutton, em dezembro de 2022. A sentença repercutiu na imprensa mundial. Enquanto os advogados da vítima comemoraram o resultado, divulgado nesta quinta-feira, 22, a defesa do brasileiro informou que vai recorrer.

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Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro de 2023 como medida protetiva. Enquanto aguarda a finalização do caso, pois ainda cabe recurso, o brasileiro pode obter o benefício de deixar a prisão temporariamente a partir de maio deste ano. Esse mecanismos é aplicado quando o condenado se aproxima de um terço da pena aplicada. Se isso acontecer, o jogador poderá sair do presídio por alguns períodos do dia e terá de permanecer no centro penitenciário apenas oito horas por dia. Os detalhes devem ser definidos pela Justiça.

Além desse, o jogador pode conseguir o chamado de “Terceiro Grau”. Segundo o portal “TyC Sports”, esse benefício permitirá que a partir do fim de abril de 2025 ele possa sair durante o dia e voltar para dormir no Centro Penitenciário Brians 2. O regime faz parte do Serviço Penitenciário Espanhol que visa melhorar a reinserção do detento na sociedade.

O jogador só poderá sair da prisão após cumprir dois anos e quatro meses e comprovar bom comportamento. Algo que será possível no fim de janeiro de 2026, passando assim para liberdade vigiada com uso de aparelho eletrônico.

Reação da defesa e acusação

Aos jornalistas, em frente ao Tribunal Provincial de Barcelona, o advogado David Sáez, um dos integrantes do corpo de defesa da mulher, afirmou que a decisão da juíza Isabel Delgado Pérez reconhece a verdade e o sofrimento da vítima, “porém temos que revisar o conteúdo completo da sentença, para avaliar se a gravidade da sentença está de acordo com a gravidade dos acontecimentos”.

Antes do início do julgamento, os advogados da mulher tinham pedido a pena máxima para o caso, que é de 12 anos de prisão. No entanto o Ministério Público solicitou nove anos de cárcere. A defesa do brasileiro, por outro lado, queria a absolvição e, no caso de condenação, que fosse levado em conta o consumo de bebidas alcoólicas como uma das possíveis circunstâncias atenuantes.

Após a divulgação do veredicto, a advogada do jogador avisou: “Vamos recorrer. Sigo acreditando na inocência do senhor Alves”. Ao ser questionada sobre o estado de seu cliente, ela afirmou: “Ele está inteiro. Agora temos que estudar a sentença com tranquilidade”.

*Com informações do Estadão Conteúdo