O ex-jogador Daniel Alves vai passar pelo menos o fim de semana na prisão, já que não conseguiu pagar a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões, na cotação atual) fixada pela Justiça da Espanha para que tenha liberdade provisória enquanto os recursos de sua condenação por estupro são examinados.

Como já aconteceu desde a decisão da Audiência de Barcelona na semana passada, a defesa de Daniel não conseguiu depositar a quantia antes das 14h (horário local, 10h de Brasília), quando termina o prazo diário, informaram fontes jurídicas. Em uma corrida contra o tempo para juntar o dinheiro, sua advogada pediu uma extensão de uma hora, mas tampouco chegou a tempo.

O ex-jogador, condenado no mês passado a quatro anos e meio de prisão, ficará detido pelo menos até a próxima segunda-feira, quando reabre o serviço judicial.

A data de sua saída do presídio de Brians 2, cerca de 40 quilômetros ao noroeste de Barcelona, dependerá do momento do pagamento da fiança.

Apesar da careira de sucesso na Europa, onde defendeu clubes como Barcelona, Juventus e Paris Saint-Germain, Daniel está tendo dificuldades para conseguir a quantia.

Na quinta-feira, o pai de Neymar, que o ajudou com as custas de sua defesa, negou que irá pagar a fiança.

Segundo a advogada de Daniel, sua situação financeira foi muito afetada desde a sua prisão, em janeiro de 2023, que levou à rescisão de seu contrato com o Pumas do México. Além disso, ele ainda aguarda receber grandes quantias após vários litígios com a Fazenda espanhola.

Para o Ministério Público e a acusação particular, que se opuseram à sua libertação, Daniel Alves ainda goza de condições financeiras vantajosas e, por isso, há risco de fuga.

Os magistrados, que consideraram em sua decisão que esse perigo “diminuiu” após a condenação em primeira instância, reconheceram que a verdadeira situação do ex-jogador é “desconhecida”, mas que é possível presumir uma “solvência econômica confortável”.

Além da fiança, o tribunal também impôs outras medidas para sair em liberdade provisória, como a retenção de seus passaportes, a obrigação de comparecer ao tribunal semanalmente, não deixar o território espanhol e a proibição de se aproximar da vítima.

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