Com o passar dos anos, é normal que o metabolismo desacelere e a saúde fique mais fragilizada, mas isso não impede de curtir uma boa música e, melhor ainda, embalar na dança. De acordo com estudo publicado na “Menopause”, no jornal “The North American Menopause Society”, mulheres na pós-menopausa podem ter grandes benefícios para a saúde do coração quando dançam pelo menos três vezes por semana.

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A pesquisa foi realizada durante quatro meses, com 36 mulheres pós-menopausa e sedentárias que começaram a praticar 30 minutos de dança três vezes por semana. Ao longo desse tempo, as participantes passaram por exames para checar os níveis de triglicerídeos, colesterol, aptidão física, e até autoestima. Ao final do estudo, atingiram maior e melhor resultado nas análises, incluindo aumento do HDL (colesterol bom), conjunto que destaca a melhora na saúde cardiovascular.

“Esperávamos melhora na composição corporal, aptidão funcional, e autoestima. Embora tivéssemos solicitado a elas que não mudassem os hábitos alimentares, houve uma melhora no perfil lipídico, o que nos surpreendeu. Acreditamos que isso ocorreu porque as mulheres passaram a se cuidar mais quando começaram a sentir os benefícios da atividade física regular”, disse a autora Camila Buonani da Silva, professora da Universidade Estadual Paulista (UNESP), ao “Today”.

Depois de passar pela menopausa, as mulheres têm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares, articulares e ósseos. O estudo reforça a importância dos exercícios físicos na saúde, e prova que é possível deixar o sedentarismo fazendo algo prazeroso, além de divertido e animado, em qualquer lugar, inclusive em casa.

“É sempre bom lembrar que o melhor exercício é aquele que gostamos de fazer. A dança para essas mulheres pode ser uma droga sem efeitos colaterais, que pode reduzir os impactos do envelhecimento e promover a saúde física e mental”, destacou Camila Buonani.