A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comentou em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, sobre o caso da menina de 10 anos que passou por procedimento de interrupção de gravidez após ser estuprada e engravidar do tio no Espírito Santo.

Para a ministra, a criança não precisava passar pelo aborto e o “correto” seria aguardar duas semanas e antecipar o parto.

“Os médicos do Espírito Santo não queriam fazer o aborto, eles estavam dispostos a fazer uma antecipação de parto. Mais duas semanas, não era ir até o 9 mês, Bial, a criança ficar nove meses grávida, conversa com os médicos. Mais duas semanas poderia ter sido feita uma cirurgia cesárea nessa menina, tirar a criança, colocar numa encubadora, se sobreviver, sobreviveu. Se não, teve uma morte digna”, disse a ministra.

A menina passou pelo procedimento de interrupção de gravidez em um hospital do Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora, autorizar o aborto. A legislação autoriza a interrupção da gravidez em caso de estupro.