As fotos feitas por IA (Inteligência Artificial) que emulam o estilo de desenho do “Studio Ghibli” viralizaram ao longo da semana e promoveram discussões nas redes sociais entre artistas. Entretanto, a possibilidade de envio de imagens para um chatbot traz riscos à privacidade, já que os dados ficam armazenados em algum lugar da web.
De acordo com Mónica Vargas, mestra em IA, quando um usuário utiliza ferramentas gratuitas, seus dados são vendidos para publicidade de outros produtos. “É por isso que você recebe coisas nas redes sociais associadas ao seu comportamento”, comentou a especialista. As informações são do jornal colombiano “El Tiempo”.
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A tendência de usar uma IA para fazer sua própria imagem no formato “Ghibli” trouxe controvérsia já que artistas acusam as ferramentas de estarem abusando da propriedade intelectual do estúdio responsável pelas animações.
Mas além disso, o envio de dados biométricos para diversos chatbots pode torná-los vulneráveis, já que as informações podem se tornar alvos de roubos e vazamentos, facilitando o hackeamento de contas ou uso indevido das imagens.
“Os riscos aumentam quando fotos de crianças são publicadas, porque os pais e responsáveis estão entregando informações”, alerta Mónica, acrescentando que os dados de menores podem ser usados para alimentar redes de pornografia. “Pode ser um caso extremo, mas é algo que deve ser levado em consideração.”
Ainda, o grande número de rostos carregados por uma IA pode permitir que criminosos criem “impressões digitais mestras”, combinando características em comum de várias pessoas no mundo para quebrar métodos de segurança.