Amazonense da cidade de Novo Aripuanã, Renato Valente é um lutador consagrado no México. Campeão dos eventos locais JFL e XFL, ele é um estrangeiro mais vitorioso da história do país no MMA. Representante da Rio Fighters, equipe liderada pelo veterano Miltinho Vieira, “Índio”, como é conhecido, tem a luta como um ideal. Diferentemente da maioria dos lutadores compatriotas, ele teve a possibilidade de seguir uma carreira acadêmica, mas é dentro do cage que ele se sente em casa.

“Comecei na luta aos 12 anos de idade na minha cidade natal. Encontrei um professor de Jiu-Jitsu que começou a me ensinar os princípios e a filosofia dessa arte. Me encontrei facilmente nesse meio e meu interesse por artes marciais foi aumentando cada vez mais”, explicou Valente. “Me mudei para Manaus para fazer faculdade de engenharia mecatrônica, mas o interesse pelas lutas sempre esteve presente. Lá eu fui me graduando no Jiu-Jitsu e experimentando outras modalidades, como o Boxe e o Muay Thai”.

A estreia no MMA, ainda no amador, foi cedo, aos 16 anos de idade. E sua trajetória foi perfeita: nove vitórias nas nove lutas que disputou. A carreira profissional começou em 2015. De lá para cá, seis vitórias contabilizadas – quatro delas por finalização – e três reveses. Desses combates, apenas três foram em solo brasileiro.

“Sempre busquei novos desafios. Quando recebi o convite para lutar nos maiores eventos de MMA do México me propus a lutar pelos cinturões e me tornar o primeiro estrangeiro com títulos reconhecidos de MMA no país. E assim foi. Ganhei dois cinturões em eventos diferentes e em duas categorias diferentes, me tornando internacionalmente reconhecido por este feito. A organização JFL e XFL são as maiores e mais tradicionais no ramo de MMA mexicano, e absolutamente todos os atletas que seguem nesse esporte buscam um dia estar lá e também conseguir os títulos de campeão desses eventos”, destacou.

Confira abaixo a entrevista completa com Renato Valente:

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Como começou na luta? Qual modalidade mais se identificou?

Comecei na luta aos 12 anos de idade, na minha cidade natal, Novo Aripuanã, interior do Amazonas. Cidade pequena e sem grandes oportunidades. Encontrei um professor de Jiu-Jitsu que começou a me ensinar os princípios e a filosofia dessa arte. Me encontrei facilmente nesse meio e meu interesse por artes marciais foi aumentando cada vez mais. Me mudei para Manaus para fazer faculdade de engenharia mecatrônica, mas o interesse pelas lutas sempre esteve presente. Lá eu fui me graduando no Jiu-Jitsu e experimentando outras modalidades, como o Boxe e o Muay Thai. Sempre fui me destacando e me aperfeiçoando nas técnicas, ficando acima da média. A modalidade que eu mais me identifiquei foi o Jiu Jitsu, não só pelo talento mas por toda a filosofia que existe por trás dessa arte marcial, que me ensinou não só sobre técnicas, mas sobre disciplina e respeito.

Como decidiu que queria ser um lutador de MMA?

Quando me mudei para Manaus para cursar Engenharia Mecatrônica comecei a praticar várias artes marciais e conheci um professor, Elieser Araújo, o “Prainha”, que me apresentou o MMA e me despertou o desejo de seguir carreira. A partir daí, aos 16 anos, fui inserido nas lutas de MMA amador, totalizando nove lutas amadoras e todas com vitória, antes de estrear no MMA profissional. Hoje tenho um cartel com seis vitórias e três derrotas e sigo em ascensão, buscando novos desafios fora do Brasil.

Como esse título no México te projetou no cenário do MMA?

Sempre busquei novos desafios. Quando recebi o convite para lutar nos maiores eventos de MMA do México me propus a lutar pelos cinturões e me tornar o primeiro estrangeiro com títulos reconhecidos de MMA no país. E assim foi. Ganhei dois cinturões em eventos diferentes e em duas categorias diferentes, me tornando internacionalmente reconhecido por este feito. A organização JFL e XFL são as maiores e mais tradicionais no ramo de MMA mexicano, e absolutamente todos os atletas que seguem nesse esporte buscam um dia estar lá e também conseguir os títulos de campeão desses eventos. Assim aconteceu com alguns atletas, como Jorge Gonzalez, Montserrat Ruiz, Rodolfo Rubio Perez, que conquistaram esses cinturões e foram projetados para eventos de maior porte, como o UFC, através de seu reconhecimento com esses títulos. Sou um atleta muito querido no Brasil e no México pela trajetória que construí no esporte nesses países. Recebi menções de diversos atletas notórios das artes marciais e assim fui me projetando no cenário internacional do MMA.

Atualmente você representa quais equipes?

Quando cheguei no Rio de Janeiro, em 2012, comecei a treinar no Clube da Luta, tradicional academia fundada nos anos 2000 e se que apresenta no top 5 das academias brasileira de MMA. No website ‘’sherdog.com’’ encontram-se 5 páginas de atletas de MMA que representam o Clube da Luta nos melhores eventos nacionais e internacionais, sem mencionar atletas de Jiu-Jitsu e Luta-Livre. Através desse time eu fiz minhas principais competições no Brasil e estreei no México. Em 2016, conheci e fui convidado pelo mestre Milton Vieira a compor o time de atletas da sua academia, a Rio Fighters. Hoje a Rio Fighters conta com atletas de altíssimo nível que competem nos maiores eventos dentro e fora do Brasil.

Como você está no ranking da categoria e como sua trajetória de lutas e cinturões foram importantes para isso?

Atualmente estou colocado no ranking promovido pela Tapology na categoria dos meio-médios em 10º lugar dentre 65 atletas profissionais do México e em 33º lugar entre 328 atletas profissionais da América Latina. Sem dúvidas a conquista dos meus títulos no México me destacaram e me colocaram nessas posições. A tendência é estar cada vez mais subindo e atingir o topo.


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