A Vivaz, marca criada pela Cyrela Brazil Realty há um ano com foco em imóveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV), avalia acelerar os lançamentos nos próximos meses. Desde o fim do ano passado foram lançados cinco projetos e, para este semestre, há oito em estudo.

“Estamos bastante animados com a marca e com o nível de aceitação dos clientes em relação ao produto. As vendas estão crescendo até um pouco acima do esperado”, afirmou o diretor de incorporação, Felipe Cunha. “Vamos deixar os projetos preparados e avaliar a evolução do mercado para definir o ‘timing’ certo para efetivar os lançamentos. São grandes as chances de termos no mínimo quatro lançamentos neste semestre”, completou.

Os projetos e os porcentuais de unidades vendidas até aqui foram: Itaquera (39%), Jardim Pirituba (57%), Santo Amaro (20%) e Taboão da Serra (17%), em São Paulo, e Del Castilho (63%) no Rio.

Cunha apontou que a demanda por imóveis de baixa renda está saudável, o que sustenta os planos de aumentar as vendas e os lançamentos a despeito dos gargalos recorrentes para liberação de recursos do programa habitacional. Ele acrescentou ainda que, com maior aprendizado sobre esse tipo de operação, já tem sido possível encurtar o tempo de lançamento de cada projeto.

Dos oito empreendimentos programados, cinco ficam em São Paulo, dois no Rio e um em Porto Alegre. Neste momento, a Vivaz tem banco de terrenos suficiente para abastecer os lançamentos por mais um ano e meio e, portanto, está buscando a aquisição de mais espaços.

Ao criar a marca Vivaz, a estimativa do grupo era de que esses projetos responderiam por uma pequena fatia de 10% a 20% dos lançamentos totais. Segundo Cunha, essa previsão está mantida, mas há espaço para se atingir um pico de até 25%.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O diretor também minimizou as chances de ocorrerem guinadas bruscas no Minha Casa, que está sendo remodelado pelo governo federal. Os sinais são de que as mudanças tendem a ser concentradas na faixa 1, que depende dos escassos recursos do Orçamento Geral da União. Já as demais faixas, financiadas pelos Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devem ter poucas alterações. “Acreditamos que haverá ajustes que, na nossa visão, vão trazer benefícios para dar sustentabilidade ao programa ao longo do tempo”, declarou.

A criação da Vivaz em 2018 marcou o retorno da Cyrela ao Minha Casa Minha Vida após seis anos sem atuar diretamente no programa. O foco da Vivaz são os empreendimentos nas faixas 2 e 3 em São Paulo, Rio e Porto Alegre.

A Cyrela costumava trabalhar com projetos populares por meio da marca Living, criada em 2006. Com o passar dos anos, a operação se especializou em empreendimentos típicos da classe média, com unidades na faixa de R$ 200 mil a R$ 700 mil, e, por volta de 2012, deixou de lado os projetos para clientes de baixa renda dentro do programa habitacional.

Já a marca Cyrela é usada apenas nos empreendimentos de alto padrão, em que usualmente os apartamentos ultrapassam R$ 1 milhão. Dessa forma, a presença da companhia no MCMV ficou restrita às joint ventures com as construtoras Cury e Plano & Plano, em que a Cyrela detém 50% de participação, mas sem atuação no dia a dia das operações.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias