A diretoria da CVC viajou a Washington para convencer um de seus principais sócios, o fundo de investimentos americano Carlyle, de que precisava fretar um navio de cruzeiros para o próximo verão. Desde que comprou a empresa, em 2010, o fundo tinha vetado a prática, que impõe um risco maior à companhia. Neste ano, porém, a CVC abriu uma exceção e terá um navio próprio.

O risco de fretar um navio é alto para a agência de viagens. “Equivale ao investimento para sustentar a operação de Porto Seguro, nosso maior destino turístico, um ano inteiro”, disse o gerente sênior de cruzeiros marítimos da CVC, Orlando Palhares. “Tivemos de arcar com esse custo porque os armadores saíram do Brasil e estávamos correndo o risco de ficar sem oferta para vender. Demanda tem.” A CVC trará um navio para o Brasil, que fará 18 minicruzeiros (rotas de até cinco dias), com serviço “all inclusive” (alimentos e bebidas liberados).

Os cruzeiros marítimos respondem por 7% das vendas da CVC. Segundo Palhares, a empresa aposta nos pacotes “all inclusive”, que ganham relevância na época da crise. “O cliente gosta de saber quanto vai gastar e parcelar tudo em dez vezes.” Em 2015, a estratégia deu certo e os pacotes com cruzeiro venderam 37% mais na CVC. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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