Os custos operacionais da Telefônica totalizaram R$ 6,614 bilhões no primeiro trimestre de 2019, baixa de 5,4% em relação ao mesmo período de 2018.

A operadora baixou os custos com pessoal (-5,8%), serviços prestados (-11,8%), comercialização dos serviços (-0,5%), e despesas gerais e administrativas (-18,2%).

Já o custo das mercadorias vendidas aumentou 55,7%.

Clientes

A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, registrou uma perda de clientes no primeiro trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018. Nesse intervalo, o total de acessos diminuiu 2,9%, para 94,994 milhões.

Houve baixa tanto no segmento móvel – queda de 2,1%, para 73,529 milhões -, quanto no fixo – recuo de 5,5%, para 21,465 milhões.

Segmento móvel

No segmento móvel, houve diminuição de 13,5% no total de clientes de planos pré-pagos, parcialmente compensada pelo crescimento de 9,4% na base de clientes de planos pós-pagos.

Já a receita líquida do segmento móvel cresceu 4,7%, alcançando R$ 7,081 bilhões.

O avanço da receita refletiu a combinação de uma expansão de 8,0% da receita com o tráfego de dados e serviços digitais e uma alta de 55% na venda de aparelhos.

Segundo a companhia, houve continuidade da migração da base de clientes de planos pré-pagos para planos pós-pago, onde o volume de dados é maior. Também foi vista uma forte atividade comercial no período, resultando em mais vendas de celulares. Por outro lado, as receitas com chamadas de voz caíram 20,8% devido aos planos que oferecem chamadas ilimitadas, e pela menor demanda por estes serviços.

A receita média por usuário no segmento móvel (Arpu, na sigla em inglês) cresceu 3,8%, devido aos recentes aumentos de preços e à menor base média de clientes, devido às desconexões de usuários considerados não rentáveis, conforme explicou a companhia.

Segmento fixo

No segmento fixo, a Telefônica registrou quedas nos acessos de TV por assinatura (-4,4%), banda larga (-0,8%) e chamadas de voz (-8,2%).

A receita líquida do segmento fixo encolheu 3,2%, para R$ 3,894 bilhões. Essa retração foi puxada pela perda de faturamento com chamadas de voz (recuo de 18,4% na receita). Por outro lado, a receita com banda larga teve alta de 12,6%, impulsionada pela evolução dos serviços de fibra ótica (tecnologia FTTH), que têm maior valor. Já o faturamento com TV por assinatura ficou estável, com a perda de clientes sendo compensada pela oferta mais seletiva e focada em produtos de maior valor.

O Arpu cresceu 12,7% em banda larga, aumentou 2,8% em TV e caiu 12,9% em voz.