Em Custódia, temos a separação de um casal transformada em verdadeira batalha campal pela guarda de um filho. Dirigida por Xavier Legrand, a história ganha o contorno de um thriller turbinado, em especial, pelo caráter violento de Antoine Besson (Denis Bénochet), o pai e marido em questão.

Aliás, as alegações de Miriam (Léa Drucker) para se separar baseiam-se no caráter pouco controlado e truculento de Antoine. Este, magnificamente interpretado por Bénochet, é um daqueles sociopatas sorrateiros, capazes de seduzir um júri para, em seguida, reincidir em seus atos.

O filme é cheio de energia. Parece ora um thriller ora um documentário sobre o tema da violência familiar. Legrand acerta ao evitar o tom maniqueísta, mas também não fica em cima do muro. Apenas não evita, em nome de uma clareza ilusória, as complexidades e ambiguidades que residem nos sentimentos humanos. Tanto nos bons como nos mais perversos.

Custódia participou do Festival de Veneza e ganhou os prêmios de direção e melhor obra de estreante.

Custódi/ Jusqu’à la Garde

(França/2017, 93 min.)Dir. de Xavier Legrand. Com Léa Drucker, Denis Ménochet, Mathilde Auneveux

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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