A Petrobras vai conseguir reduzir o custo de extração no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, com o uso de tecnologia digital em seus sistemas de produção, segundo a gerente geral de Tecnologias Aplicadas de Libra, Sylvia dos Anjos. Os melhores resultados devem ser percebidos a partir de 2024, quando entrará em operação a quarta plataforma no campo.
“A primeira plataforma, Mero I, já está sendo construída. A terceira e quarta unidades ainda não foram licitadas. Poderemos colocar mais requisitos (tecnológicos na descrição do projeto). O mais importante é que os fornecedores acompanhem os avanços tecnológicos”, disse ela, após participar do evento Techweek, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) no Rio.
Com a digitalização da atividade nas plataformas, será possível reduzir o número de paradas para manutenção e, com isso, garantir a continuidade da produção, o que acaba repercutindo em redução de custos, disse a gerente da Petrobras.
“Uma das dificuldades é que a indústria do petróleo é altamente complexa e precisa se conectar. A digitalização é um suporte para isso”, afirmou Sylvia em sua palestra.
No caso de Mero, que responde por uma fatia da área total de Libra, uma das grandes apostas no pré-sal brasileiro, a estatal enfrenta o desafio da presença de dióxido de carbono associado ao gás natural. Como solução, na fase de testes, no qual o projeto está atualmente, a empresa tem optado por reinjetar o CO2 no reservatório para aumentar o fator de recuperação de petróleo em vez de escoá-lo.
“Tratar o gás sempre foi um problema crítico em Libra”, disse Sylvia dos Anjos em sua palestra.
Ao fim do evento, ela acrescentou que a análise sobre a viabilidade da produção do gás de Mero não faz parte do trabalho da sua equipe.