SÃO PAULO (Reuters) – Os custos de despacho por segurança energética dispararam neste ano e atingiram 24,3 bilhões de reais, com a crise hídrica levando a maiores acionamentos de termelétricas e importações de energia, apontou nesta quinta-feira a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Para o consumidor, essa despesa equivale a um encargo no valor de 39 reais por megawatt-hora (MWh).

Os custos foram elevados, mas necessários para garantir que o país não enfrentasse um racionamento ou cortes de carga, na avaliação do presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri.

“O mês de novembro fechou com 26% de armazenamento em reservatório equivalente. Todo esse esforço (de despacho) agregou 20 pontos percentuais de armazenamento. Imagine se começássemos o período úmido com 6%, não teria como o ONS operar esse sistema”, disse o executivo, em conversa com jornalistas.

Segundo Altieri, soluções estruturais para reduzir o custo de operação do sistema elétrico brasileiro são um dos “deveres de casa” da CCEE para o próximo ano.

(Por Letícia Fucuchima)

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