01/06/2021 - 9:20
Após tomar uma importante decisão na segunda-feira de se retirar de Roland Garros, Grand Slam disputado em Paris, a tenista japonesa Naomi Osaka, atual número 2 do mundo, atraiu apoio em todo o mundo esportivo, inclusive dentro da NBA. O astro Stephen Curry, do Golden State Warriors, mostrou “muito respeito” pela atitude da jogadora, que abandonou o torneio francês por questões mentais.
“Você nunca deveria ter que tomar uma decisão como esta – mas é tão impressionante ir pelo caminho certo quando os poderes não protegem os seus próprios. Grande respeito”, escreveu Curry em sua conta no Twitter.
A jovem de 23 anos anunciou que se retiraria de Roland Garros, após ser multada em US$ 15 mil (R$ 78 mil na cotação atual) e ameaçada com mais sanções pela WTA por não falar com a imprensa. Ela alegou que sente muita ansiedade com a “obrigação” de dar entrevistas para os jornalistas.
“Eu não sou uma oradora pública natural e tenho grandes ondas de ansiedade antes de falar para a mídia mundial”, disse a japonesa. “Fico muito nervosa e acho estressante tentar sempre me envolver e dar (à mídia” as melhores respostas que posso”.
Com a atitude, Stephen Curry deu um ótimo exemplo e valorizou a decisão de Naomi Osaka de priorizar a sua saúde mental em um ambiente esportivo de extrema pressão contra os atletas.
No mundo do tênis foi a mesma coisa. A americana Serena Williams, que sempre serviu como ídolo e inspiração para a japonesa no começo da carreira, diz que entende o lado dela, que já esteve em situação parecida e ofereceu apoio e solidariedade para a colega de circuito profissional.
“A única coisa que eu posso dizer é que eu sinto muito pela Naomi e gostaria de poder dar um abraço nela porque eu sei como é. Já estive nessa situação. Temos personalidades diferentes e somos pessoas diferentes. Nem todos são iguais. E cada pessoa lida com as coisas de forma diferente. Temos que deixá-la lidar com isso da maneira que ela quiser, da melhor maneira como ela pensa que pode. É a única coisa eu posso dizer. Acho que ela está fazendo o melhor que pode”, disse a ex-número 1 do mundo.
“Eu também estive nessa posição. E tive oportunidades de falar com as pessoas, e meio que tirar do meu peito as coisas que não posso necessariamente falar com ninguém da minha família ou com alguém que eu conheço. Para mim é importante ter consciência e dar esse passo. Sei que é muito difícil passar por esses momentos, mas isso me fez mais forte”, acrescentou a experiente jogadora de 39 anos.