Ao assumir em janeiro, a equipe do governador Doria constatou que as instalações do Palácio dos Bandeirantes estavam deploráveis: pintura desbotada, móveis, paredes e tacos atacados por brocas e sinais visíveis de má conservação. O governador pediu providências. Descobriu-se, então, que o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) havia feito em 2004, na gestão Alckmin, um profundo estudo sobre os palácios do governo (incluindo o dos Bandeirantes, do Horto e o Boa Vista, em Campos do Jordão). Os técnicos concluíram que os palácios, sobretudo o dos Bandeirantes, estavam infestados de insetos xilófagos, que vêm a ser cupins e brocas. Paredes, tacos dos pisos, móveis históricos e molduras de quadros estavam sendo comidas pelos insetos.

Laudo do IPT

No laudo feito pelo IPT, ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade, os técnicos recomendavam que fosse feito, ainda em 2005, um grande trabalho de recuperação, pois caso contrário os cupins iriam danificar importante patrimônio histórico. O governador da época, no entanto, nada fez e os bichinhos continuaram o trabalho de destruição.

Reforma

Veio o governo Serra, em 2010, e o IPT voltou a repetir o estudo, com o quadro ainda mais grave, mas o governador outra vez cruzou os braços. Ao assumir, Doria determinou a reforma, que restaurou o palácio, promovendo também uma nova pintura no local, com cores mais fortes, como o cinza e o preto. Gastou R$ 1,1 milhão e o palácio ficou novo.

A volta dos cassinos

Gilberto Marques

O deputado Newton Cardoso Jr. (MDB-MG), presidente da Frente Parlamentar do Turismo na Câmara, comandará no próximo dia 8, em Brasília, o lançamento da frente que vai pedir a legalização dos cassinos no Brasil. Segundo ele, os jogos poderão receber R$ 8 bilhões em investimentos, para gerar pelo menos 1 milhão de empregos em resorts voltados para a atividade.

Rápidas

* Um estudo feito pela Controladoria Geral da União (CGU) aponta que pelo menos um quarto das emendas parlamentares apresentadas por deputados federais entre os anos de 2014 e 2016 tinha algum tipo de impedimento técnico dos projetos.

* Ao todo, de R$ 27,4 bilhões destinados para emendas parlamentares nesses três anos, R$ 6,8 bilhões tinham algum tipo de erro. De acordo com a CGU, quase 9 mil emendas apresentavam inconsistências nos projetos e falta de planejamento.

* A UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) realizou eleição para Diretoria Nacional, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal gestão 2019-2021. Esse ano, pela primeira vez, concorreram três chapas.

* A Chapa 1 “UNIDAS mais forte em defesa das autogestões”, encabeçada por Anderson Mendes (Cassi), foi eleita com 81 votos. Mendes ocupou o cargo de diretor de Integração no biênio 2017-2019.

Retrato Falado

“Precisamos falar sobre o Coaf” (Crédito:Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Justiça, Sergio Moro, está temeroso de que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) volte para a pasta da Economia. Para Moro, a decisão do presidente Bolsonaro de colocar o órgão no seu ministério foi um avanço no combate ao crime. Mas, como há parlamentares que desejam que ele volte para a área de Paulo Guedes, Moro propôs, no Twitter, uma discussão mais ampla sobre o assunto. “Respeitosamente, (a volta para a Economia) não é o melhor”.

Parada gay sem patrocínio

Os organizadores da 23ª Parada Gay, que vai acontecer no próximo dia 23 de junho na avenida Paulista e na rua da Consolação, estão com grande dificuldade para encontrar patrocinadores para o evento. No passado, especialmente nos governos do PT, a Petrobras e a Caixa Econômica Federal patrocinavam a manifestação. Mas, durante o governo Temer, a fonte secou. Desta vez, a direção da Parada Gay procurou as estatais e elas informaram que os patrocínios estão suspensos. Pior: torceram o nariz para a Parada LGBT e fecharam totalmente as portas para o movimento. Este ano, o evento deve voltar a reunir 3 milhões de simpatizantes.

Outra postura

A Parada Gay tem consciência que durante o atual governo não haverá um tostão para atos promovidos por gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Pelo contrário. Renato Biterbo, da organização, teme que o presidente Jair Bolsonaro acabe colocando obstáculos à realização da tradicional manifestação.

Novo presidente

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) deve assumir a presidência do PSL do Estado de São Paulo nos próximos dias. Ele é o vice do senador Major Olímpio, que até agora vinha acumulando a função de presidente do partido juntamente com seu mandato de senador e com a liderança do PSL no Senado. Olimpio nega ter sofrido pressões para renunciar.

Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

Transição

“O Edu já era meu vice. Vamos fazer uma transição tranquila. Estou sobrecarregado demais com as atividades do mandato e cuidar do partido. Como ele está em construção, toma demais meu tempo. Fiquei um ano no cargo e esperava deixá-lo após as eleições. Mas estarei sempre ao lado do Edu”, disse Olimpio à ISTOÉ após a renúncia.

O MBL em ação

Democratas

Apesar de os deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Jerônimo Goergen (PP-RS) estarem articulando a entrada de vários parlamentares no partido Movimento Brasil Livre (MBL), eles terão um problema de ordem legal. É que a marca MBL já está registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial em nome do empresário Vinicius Aquino.

Toma lá dá cá

Deputado Marcelo Ramos (PR-AM)

Como presidente da Comissão Especial, o senhor acredita que a reforma da Previdência agora terá maior agilidade na Câmara?

Na CCJ, o projeto demorou 2 meses em tramitação. No dia em que se constituiu maioria, aprovou em 1 dia. Se tiver uma maioria em torno da proposta, a gente consegue fazer uma reforma da Previdência que entregue um ajuste fiscal para
que o país possa voltar a crescer, sem deixar de ter responsabilidade social com os mais humildes.

Quando o resultado final da Comissão Especial estará disponível para ir a Plenário? 
O esforço do Rodrigo Maia e o meu é aprovar ainda no primeiro semestre. O principal é o governo ter votos para aprovar a matéria. Se tiver a maioria, votamos em um dia.