O setor cultural brasileiro perdeu 244 mil postos de trabalho no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020, de acordo com um levantamento do Painel de Dados do Observatório do Itaú Cultural.

O Observatório, que acompanha a evolução da economia criativa no País por meio de dados da Pnad Contínua, aponta que o setor encolheu 4% em um ano.

No primeiro trimestre de 2020, havia 6.843.455 postos de trabalho disponíveis na economia criativa no País. O número caiu para 6.599.590 no primeiro trimestre deste ano.

Em relação ao trimestre anterior, o último de 2020, a queda é de 1%, ou 80 mil postos de trabalho.

Do primeiro para o segundo trimestre do ano passado, o setor se retraiu 8%, recuperando 7% até o fim de 2020, mas voltou a registrar nova queda de 1% no primeiro trimestre de 2021.

O estudo leva em conta empregos formais e informais em atividades como publicidade e marketing, arquitetura, artesanato, design, cinema, rádio, TV, tecnologia da informação, editorial, patrimônio histórico, música, artes cênicas e visuais.

Análise geográfica

Os estados brasileiros que mais sofreram queda de oferta de postos de trabalho na economia criativa foram Rio Grande do Norte (-24%), Paraíba (-15%), Mato Grosso (-15%), Espírito Santo (-15%) e Amazonas (-15%). Já os estados que registraram as maiores altas foram, Piauí (+49%) e Roraima (+24%). São Paulo perdeu 2% dos postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2020 e o Rio de Janeiro perdeu 4%.