Culinária é ‘ritual de amor’ e mantém Itália ‘unida’, diz chef Bottura

ROMA, 10 DEZ (ANSA) – O reconhecimento da culinária italiana como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco foi recebido com entusiasmo por uma das vozes mais influentes da gastronomia mundial: Massimo Bottura, chef do premiado restaurante Osteria Francescana, dono de três estrelas Michelin.   

Em publicação no Instagram, o cozinheiro mais famoso da Itália definiu a cozinha do “Belpaese” como “um patrimônio imaterial vivo e construído dia após dia por milhões de mãos de agricultores, queijeiros, criadores de gado, artesãos e cozinheiros”.   

“Reconhecê-la como patrimônio da humanidade significa premiar sua força em criar ligações, construir comunidades e restituir dignidade”, escreveu Bottura, que apoiou a candidatura desde o início. “Porque quando o sabor encontra a memória, já não é apenas cozinha: é cultura, é a Itália que se renova todos os dias cozinhando por amor”, acrescentou.   

Para o chef, a gastronomia italiana é “única no mundo” por não se resumir a um “conjunto de pratos ou receitas”. “É um ritual de amor, uma linguagem feita de gestos, perfumes e sabores que mantêm unido um país inteiro. A Itália se reconhece ao redor de uma mesa posta, onde as pessoas compartilham sonhos, brigam e fazem as pazes”, disse. (ANSA).