Terceiro colocado do Brasileirão, com os mesmos dez pontos de Santos e Palmeiras, o São Paulo tem um elenco desequilibrado fisicamente. A comissão técnica tricolor vê o fato com naturalidade e separa o grupo em diversos níveis, já que muitos jogadores tiveram uma pré-temporada em lugares diferentes.

A expectativa é de que o elenco fique equilibrado fisicamente após a parada dos campeonatos por conta da Copa América. Até lá, o São Paulo terá mais sete jogos: cinco pelo Brasileirão e dois pela Copa do Brasil.

Os diferentes níveis físicos têm feito o São Paulo sofrer com lesões. No jogo contra o Fortaleza, por exemplo, seis jogadores não ficaram à disposição do técnico Cuca porque se recuperam de contusões.

“Não tem um culpado. Foi uma pré-temporada que em três dias estava jogando (na Florida Cup). O jogador não teve tempo para se preparar e se fortalecer. Foi se fortalecendo jogo a jogo e o índice de lesão cresce. Não é um planejamento errado, era o que tinha que acontecer. No meio do ano vamos deixar a equipe mais fortalecida em todos os aspectos”, disse Cuca, que espera ter ao menos dois reforços para a partida contra o Athletico-PR, no próximo domingo.

Na visão da comissão, o principal motivo para o elenco estar desequilibrado é que muitos jogadores perderam a pré-temporada. Walce, Luan, Igor Gomes e Toró estavam com a seleção brasileira sub-20 no começo do ano e só retornaram ao São Paulo na metade de fevereiro. Antony voltou ao elenco profissional depois de ser campeão da Copa São Paulo de Juniores em fevereiro. Ainda há os casos dos reforços vindo do exterior: Hernanes, o único que participou da Florida Cup, Tchê Tchê, Vitor Bueno e Alexandre Pato.

Além das diferentes preparações, outro fator contribuiu para o desequilíbrio físico do elenco: as trocas de treinadores. Em quase quatro meses, o São Paulo foi comandado por André Jardine, Vagner Mancini e Cuca. Então, houve mudanças na metodologia de trabalho e dos jogadores utilizados com mais frequência.