No segundo tempo do empate entre Palmeiras e Bahia, a torcida palmeirense perdeu a paciência com Deyverson e pediu pela entrada de Borja. Ao final da partida, que terminou com placar de 2 a 2, o técnico Cuca disse entender a reação dos torcedores, mas negou que tenha mexido no time por causa de pressão das arquibancadas.

“Todo mundo é treinador, o torcedor tem direito de pedir, falar e escolher. Já queriam no primeiro tempo a troca (Borja por Deyverson). Fiz a mudança para dar rodagem ao Borja. São os dois centroavantes que temos a princípio, temos um terceiro também, o Willian, mas se faz a troca com o Willian, a torcida continuaria pedindo o Borja. Temos de entender que o torcedor é assim, passional. Ele paga ingresso e tem direito.”

Coincidentemente, foi justamente após a entrada de Borja, que o Bahia cresceu na partida e pressionou o Palmeiras. Cuca nega que a alteração tenha sido o motivo do crescimento do adversário.

“Não podemos atribuir a um jogador (Borja) a perda de intensidade. O meio-campo não trabalhou como no primeiro tempo e quando tivemos uma jogada rápida do Dudu, poderia ter saído o segundo cartão do Renê Júnior, mas o árbitro não deu. É um lance capital também que poderia ter influenciado no resultado”, reclamou o treinador.

A desconfiança com Borja e Deyverson por parte dos torcedores não é algo recente. É comum quando um deles está jogando, a torcida pedir a entrada do outro. O fato é que ambos não estão rendendo o esperado e, até por causa disso, a diretoria procura no mercado por um atacante para a próxima temporada.