O técnico Cuca comandará o treino do Santos nesta terça-feira, que será aberto para a imprensa. Em seguida será apresentado oficialmente. O treinador foi confirmado nesta segunda-feira pelo diretor de futebol do clube, Ricardo Gomes, e assinou contrato até dezembro de 2019.

A estreia acontecerá no duelo contra o Cruzeiro na quarta-feira, às 19h15, na Vila Belmiro, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Ao comentar o acerto com o novo treinador, Ricardo Gomes disse que sua principal missão no cargo de dirigente será a de dar respaldo para que o novo treinador consiga cumprir o contrato até o fim.

“Se conseguir isso vou sair satisfeito. Foram três treinadores no ano passado. Todos conhecem futebol. O tempo que conseguem trabalhar é reduzido. Vou fazer de tudo que ele cumpra o contrato. Isso vai ser importante para o Santos e para o grupo. Todos ganhamos com essa situação”, afirmou.

Será a segunda passagem de Cuca como técnico do Santos. Ele, que também atuou pelo time alvinegro como jogador, comandou a equipe pela primeira vez em 2008. Mas foi uma curta passagem. Em 14 partidas, conseguiu três vitórias, quatro empates e sete derrotas.

Ricardo Gomes espera que agora ele fique mais tempo. O dirigente se mostrou incomodado com a pressão que Jair Ventura, antecessor de Cuca, sofreu no cargo. E culpou a imprensa brasileira, que na opinião dele dificulta que um técnico permaneça em um clube por um longo período. “Aqui o treinador tem que fazer muita coisa para suportar essa pressão que começa por vocês”, opiniou.

“Queremos dar tempo para ele trabalhar. Poderia ser um pouco melhor. Mas olha só. O tempo chegou para o Jair, que é um excelente treinador. Mas essa pressão no Brasil é inenarrável. Acho que está na hora de acontecer essa mudança de mentalidade. Porque ninguém ganha com isso”, disse.

Por fim, o dirigente também falou sobre a demissão de Jair Ventura. Ele minimizou o fato de o antigo treinador não ter sido demitido no intervalo da Copa do Mundo – esperaram duas rodadas do Campeonato Brasileiro pós-Mundial para mandá-lo embora.

“Vamos imaginar que tivessem demitido antes da Copa. O Cuca teria um tempo de trabalho a mais. Ok. Mas não muda muito. Aqui vocês pegam pesado demais. Quero que o Cuca cumpra todo seu contrato. Fique um ano e meio. Esse é o meu objetivo”, finalizou.