Cuba está incorporando cerca de 4 mil juntas de bois que devem substituir o maquinário no cultivo da cana-de-açúcar, uma medida inédita desde o Período Especial, em resposta a uma crise de combustíveis que o governo avalia que seja conjuntural, informaram autoridades do setor.

“Diante do déficit de combustível atual, estão sendo adotadas medidas como incorporar às plantações de cana e à produção de alimentos cerca de 4 mil juntas de bois”, informou Julio García Pérez, presidente do grupo estatal Azcuba.

As juntas são duplas de bois usadas em trabalhos de tração rurais.

García Pérez fez o informe diante do presidente Miguel Díaz-Canel e de outros membros do governo, disse nesta terça o site da presidência.

O cultivo e a colheita da cana-de-açúcar conseguiram se mecanizar em grau avançado no século passado. Porém, durante o Período Especial, crise econômica da década de 1990, foi necessário recorrer à tração animal – situação que se normalizou com o fornecimento de petróleo venezuelano à ilha desde o início do século 21.

García Pérez também explicou que a alternativa na fertilização de solos, usando dois subprodutos da fabricação de açúcar – cachaça e vinhaça – que “contribuíram para economizar cerca de 800 mil dólares, substituindo fósforo e potássio”.

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Segundo o relatório, Díaz-Canel pediu para “pesquisar e aplicar todas as alternativas possíveis no plantio de cana”.

O açúcar é um dos principais produtos de exportação da ilha.


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