O Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo é um dos principais legados dos Jogos do Rio-2016. Inaugurado antes da Olimpíada, ele só pôde ser usado na reta final da preparação e aclimatação da equipes, mas agora, visando ao ciclo até Tóquio-2020, o local já está sendo bastante utilizado.

Para se ter uma ideia, só no mês de novembro o espaço receberá cinco grandes eventos: Copa Brasil de Futebol de 5, IV Copa Brasil de Pares e Equipes de Bocha, 3.ª Fase Nacional do Circuito Caixa Loterias Atletismo, Natação e Halterofilismo, Campeonato Brasileiro de Esgrima em Cadeira de Rodas e Paralimpíadas Escolares.

“A estrutura física de treinamento para um atleta de alto rendimento é muito importante. Era o que faltava para a equipe paralímpica brasileira, seja da seleção ou até mesmo dos clubes/associações. Este é um dos melhores e maiores CTs do mundo e é um local excelente. Tenho certeza que nos dará condições de melhorar e ‘fabricar’ novos atletas por muitos e muitos anos”, explicou Verônica Hipólito, do atletismo, prata nos Jogos Paralímpicos.

A preocupação com o legado dos Jogos do Rio-2016 é grande, até porque o Parque Olímpico, apesar de ter um projeto de uso, ainda está na fase de licitação. No local, desde o fim da competição, apenas um evento esportivo foi realizado: o Raia Rápida, de natação. Até por isso, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) se esforça para manter o CT em pleno funcionamento.

“O CT é, sem dúvida, fundamental na preparação para as próximas competições, pois temos tudo ao nosso dispor, desde alojamento, alimentação e a parte estrutural dos treinamentos em um único local. Isso nos dá a possibilidade de não precisarmos nos deslocar para lugar nenhum e estarmos focados somente na preparação. Todo atleta precisa de um espaço com estes recursos para ter bom rendimento”, comentou Ricardinho, tricampeão paralímpico no futebol de 5.

Além das grandes competições, o CT já recebe equipes para treinamento e campeonatos menores, como a terceira divisão do Brasileiro de Basquete em Cadeira de Rodas. “O campeonato está sendo realizado aqui e isso é um dos frutos que estamos colhendo”, disse Andréia Farias, atleta da Addece, de Fortaleza. “O CT é todo adaptado, não vi qualquer defeito. É um estímulo grande para nós”.

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A jogadora Paola Klokler concorda. “Antes, nós não tínhamos quadra, usávamos uma de favor, agora podemos praticar sem problemas. O espaço é sensacional”.

O CPB tem a permissão de uso até maio de 2017. Depois, tentará um acordo com o governo do Estado para gerir o espaço por um longo período, a fim de formar mais campeões.


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