A tentativa do Cruzeiro de escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro se tornou mais complicada nesta segunda-feira. Em São Januário, na conclusão da 36ª rodada, perdeu por 1 a 0 para o Vasco, que marcou com Guarín logo nos minutos iniciais. Assim, o time mineiro não depende mais das suas forças para evitar a queda.

A derrota manteve o Cruzeiro com 36 pontos, na 17ª colocação, a dois do Ceará, o primeiro clube fora da zona de rebaixamento. Como Avaí e Chapecoense já caíram, as duas quedas restantes estão entre o clube mineiro, o cearense e o CSA, que está com 32 e chances remotas de escapar da degola.

O Cruzeiro voltará a jogar na quinta-feira, quando vai visitar o Grêmio. Já no domingo, encerrará a sua participação no Brasileirão contra o Palmeiras, no Mineirão. Mas corre o risco de cair ainda no meio de semana.

A vitória levou o Vasco aos 47 pontos, em 12º lugar, próximo da classificação à Copa Sul-Americana de 2020. Nas rodadas finais, o time visitará o Bahia, na Fonte Nova, e receberá a Chapecoense, domingo.

O JOGO – Com São Januário lotado pelo seu torcedor, o Vasco não se importou com a tensão do Cruzeiro, que estreou o técnico Adilson Batista. Ainda que o início da partida tenha sido marcada por alguns lances ríspidos, logo se impôs e abriu o placar na sua primeira oportunidade. Foi aos nove minutos, quando Andrey, a surpresa na escalação do técnico Vanderlei Luxemburgo, arrancou em contra-ataque e rolou Guarín, que chutou forte e rasteiro da grande área, fazendo 1 a 0.

O Vasco tinha a partida sob controle e a sua situação poderia ter ficando ainda melhor quando o árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti para a equipe carioca após disputa de Marrrony com Cacá. Mas quando Pikachu já estava preparado para executar a cobrança, o lance foi revisado no VAR, com o pênalti sendo cancelado.

O alívio parece ter dado um respiro ao Cruzeiro, que, mesmo desorganizado, cresceu no fim do primeiro tempo e teve duas oportunidades para empatar o jogo. Na primeira delas, aos 34 minutos, Joel não conseguiu completar para as redes um chute cruzado de Ederson. Já aos 40, Ariel Cabral cabeceou com perigo e para fora após cobrança de escanteio de Egídio.

A reação no fim do primeiro tempo não evitou que Adílson mudasse o time após o intervalo, com as entradas de Fred e Marquinhos Gabriel nos lugares de Ederson e Joel. Só que o time seguiu tendo dificuldades, tomando decisões erradas, pelo nervosismo dos seus jogadores.

O Cruzeiro, eventualmente, conseguia chegar com perigo, como em um cabeceio de Fred defendido por Fernando Miguel aos 14 minutos, e em uma perigosa cobrança de falta de Egídio aos 20.

Para isso, também pesava a queda de rendimento do Vasco, especialmente na marcação do seu meio-campo, que dava mais espaços, embora, quando tinha a posse de bola, Guarín distribuía o jogo com qualidade, o que rendia chances eventuais. Só que o recuo do time da casa rendeu pressão do time mineiro nos minutos finais.

Na melhor chance, aos 40, Fred recebeu na área, girou deu passe para Marquinhos Gabriel, que chutou mal e cruzado. Ezequiel ainda se jogou na direção da bola para tentar desviá-la, mas não teve êxito. Assim, o Cruzeiro se afundou na zona de rebaixamento do Brasileirão.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 x 0 CRUZEIRO

VASCO – Fernando Miguel; Yago Pikachu, Henríquez, Leandro Castan e Henrique; Richard (Fellipe Bastos), Guarín e Andrey; Rossi, Ribamar (Tiago Reis) e Marrony (Bruno Gomes). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

CRUZEIRO – Fábio; Orejuela, Cacá, Léo e Egídio; Henrique, Ederson (Marquinhos Gabriel) e Ariel Cabral; Pedro Rocha (Ezequiel), Joel (Fred) e David. Técnico: Adilson Batista.

GOL – Guarín, aos nove minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Wilton Pereira Sampaio (Fifa/GO).

CARTÕES AMARELOS – Richard, Ederson, Rossi, Guarín, Marquinhos Gabriel e Fred.

RENDA – R$ 567.032,00.

PÚBLICO – 19.314 pagantes (19.796 presentes).

LOCAL – São Januário, no Rio (RJ).