A Coreia do Norte lançou na madrugada desta quarta-feira (horário local, tarde de terça no Brasil) um míssil balístico, informou o Exército sul-coreano, dois meses depois de seu último teste com essas características.
Até agora, o lançamento foi o último episódio do programa armamentista que Pyongyang desenvolve há décadas.
– Final dos anos 1970: a Coreia do Norte começa a trabalhar em uma versão do míssil soviético Scud-B (de alcance de 300 quilômetros). Foi testado em 1984.
– 1987-1992: desenvolvimento das versões do Scud-C (500 km), do Rodong-1 (1.300 km), do Taepodong-1 (2.500 km), do Musudan-1 (3.000 km) e do Taepodong-2 (6.700 km).
– Agosto de 1998: teste de lançamento do Taepodong-1 acima do Japão com o objetivo de colocar um satélite em órbita. A operação fracassa.
– Setembro de 1999: moratória dos testes de mísseis de longo alcance devido à melhora das relações com Washington.
– 12 de julho de 2000: fracasso das negociações com os Estados Unidos sobre os mísseis depois que a Coreia do Norte pede um bilhão de dólares americanos para interromper as exportações desses mísseis.
– 3 de março de 2005: fim da moratória dos testes de mísseis de longo alcance alegando uma política “hostil” por parte da administração Bush.
– Julho de 2006: testes de sete mísseis de longo alcance. Um deles (Taepdong-2) explode em pleno voo depois de 40 segundos.
– Outubro de 2006: primeiro teste nuclear subterrâneo.
– Abril de 2009: lançamento de um foguete de longo alcance que sobrevoa o Japão e cai no Pacífico durante uma tentativa – segundo a Coreia do Norte – de colocar um satélite em órbita. Para Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul se trata de um teste do Taepodong-2.
– Maio e junho de 2009: segundo teste nuclear subterrâneo, muito mais potente.
– 13 de abril de 2012: lançamento de foguete da base de Tongchang-ri. O lançador se desintegra minutos depois da decolagem.
– 12 de dezembro de 2012: sucesso no lançamento de foguete para oficialmente colocar em órbita um satélite civil de observação terrestre. Considera-se um novo teste de míssil balístico.
– 12 de fevereiro de 2013: terceiro teste nuclear subterrâneo.
– 6 de janeiro de 2016: quarto teste nuclear subterrâneo. A Coreia do Norte afirma ter testado uma bomba de hidrogênio, afirmação colocada em dúvida pelos especialistas.
– 7 de fevereiro de 2016: a Coreia do Norte declara ter conseguido fazer seu segundo disparo de foguete espacial e colocado um satélite em órbita.
– 9 de março de 2016: o dirigente norte-coreano, Kim Jong-Un, afirma que Pyongyang conseguiu miniaturizar uma ogiva termonuclear.
– 23 de abril de 2016: a Coreia do Norte lança um míssil balístico de um submarino.
– 8 de julho de 2016: Estados Unidos e Coreia do Sul anunciam a instalação na Coreia do Sul do escudo americano antimísseis THAAD.
– 3 de agosto de 2016: pela primeira vez a Coreia do Norte lança um míssil balístico diretamente no Mar do Japão, na Zona Econômica Exclusiva japonesa.
– 9 de setembro de 2016: quinto teste nuclear.
– 6 de março de 2017: Pyongyang lança quatro mísseis balísticos assegurando que se trata de um exercício para alcançar bases dos Estados Unidos no Japão.
– 7 de março de 2017: os Estados Unidos começam a mobilização do sistema antimísseis THAAD na Coreia do Sul.
– 14 de maio de 2017: a Coreia do Norte lança um míssil que voa 700 km antes de cair no Mar do Japão. Os analistas estimam a capacidade de alcance do projétil em 4.500 km, o que deixa a ilha de Guam no raio de ação.
– 4 de julho de 2017: Pyongyang dispara um míssil balístico que voa 930 km antes de cair no Mar do Japão. Os analistas lhe atribuem um raio de ação de até 6.700 km, o que deixa o Alasca ao alcance. O regime norte-coreano declara que se tratou de um teste do míssil balístico intercontinental Hwasong-14.
– 28 de julho de 2017: Pyongyang lança um míssil de alcance, na teoria, de 10.000 km, o que significa que poderia atingir os Estados Unidos.
– 26 de agosto de 2017: disparos de três mísseis balísticos de curto alcance.
– 29 de agosto de 2017: a Coreia do Norte dispara um míssil que sobrevoa o Japão antes de cair no Pacífico. Segundo Seul, percorreu 2.700 km a uma altura máxima de cerca de 550 km.
– 3 de setembro de 2017: a Coreia do Norte anuncia ter testado “com sucesso” uma bomba de hidrogênio capaz de ser colocada em seus mísseis de longo alcance.
– 4 de setembro de 2017: Coreia do Sul e Estados Unidos anunciam que mobilizarão mais defesas antimísseis.
– 12 de setembro de 2017: o Conselho de Segurança adota novas sanções contra a Coreia do Norte, impondo um embargo sobre sua indústria têxtil e restringindo a exportação de derivados do petróleo ao país asiático.
– 15 de setembro de 2017: a Coreia do Norte dispara um míssil balístico que sobrevoa o Japão e cai no meio do Pacífico, a cerca de 3.700 km a leste do seu ponto de partida, quase a metade do caminho em direção ao continente americano.
– 20 de novembro: os Estados Unidos declaram a Coreia do Norte um Estado patrocinador do terrorismo, o que significa novas sanções.
– 28 de novembro: Pyongyang lança um novo míssil balístico, da província de Pyongan Sul, e na direção leste, informou o Estado-Maior sul-coreano.