O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou a liberação da volta às aulas, a partir do dia 3 de agosto, para quatro séries das escolas particulares. Segundo ele, houve acordo com representantes de escolas e de professores, para o retorno das turmas de 4º, 5º, 8º e 9º anos. Crivella detalhou, em coletiva realizada nesta terça-feira (21), como será o processo.Crivella libera volta às aulas de quatro séries de escolas privadas

“Este acordo que foi feito hoje é voluntário. Não inclui a pessoa que não queira participar do acordo. Não inclui os idosos, os que têm comorbidades e os pais que não queiram levar as crianças para a escola. Não tem falta, nem desconto no salário do professor. E não tem falta na frequência da criança. Esta primeira fase é voluntária, experimental”, explicou Crivella.

Porém, o Sindicato dos Professores do Município do Rio (Sinpro-Rio), que esteve presente à reunião com a prefeitura, negou que tenha havido qualquer acordo para a volta às aulas.

“Em nenhum momento nós concordamos com isso. Fizemos questionamentos, inclusive, se haveria testagem para os professores. Dissemos que não concordávamos com o retorno, mas que iríamos levar a proposta para a assembleia, dia 1º de agosto. Neste momento, a gente está com a posição que a assembleia tirou lá atrás, de não retorno às atividades presenciais. Não houve nenhum fato novo que possibilite esta volta”, disse Afonso Celso Teixeira, vice-presidente do Sinpro.

Para o Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), também presente à reunião, há condições para a volta às aulas. Em nota, a entidade explicou por que acredita haver possibilidade para o retorno.

“A rede privada de ensino está preparada para a volta às aulas de forma segura e gradual, na medida em que as autoridades assim o permitam. As escolas seguirão os cuidados necessários, previstos no protocolo básico aprovado pelas autoridades sanitárias: distanciamento necessário, higienização permanente dos ambientes, regras de entrada e saída, ambientes abertos e arejados, termômetro na porta e tapete de entrada com substância apropriada, uso de máscara, além de subdivisão de turmas. Além disso, respeitará a decisão de cada família, que discernirá o momento em que se sentirá confortável em levar o seu filho para participar das atividades presenciais”, se manifestou o sindicato das escolas privadas.

Segundo o Sinepe, são 481.369 alunos e 27.820 professores nas escolas particulares da educação básica, em um total de 2.031 escolas. Na rede pública do município, são cerca de 650 mil alunos, mas para esses, segundo Crivella, ainda não há definição de quando acontecerá a volta às aulas.